19
Jun 07
Responsáveis islâmicos saudaram hoje em Córdoba (Espanha) a escolha do ex-Presidente português Jorge Sampaio para liderar a Aliança das Civilizações, iniciativa que consideram importante para procurar a paz e consolidar o diálogo entre culturas.





A Aliança das Civilizações é o tema central do seminário «Aliança de Civilizações, Aliança pela Paz», organizado pela World Islamic People Leadership (WIPL), considerada a maior organização muçulmana mundial.

Yusuf Fernandez, porta-voz da WIPL, disse à Agência Lusa que o seminário quer desenhar um conjunto de propostas que possam posteriormente ser levadas a Jorge Sampaio e à Aliança das Civilizações para consolidar a iniciativa.

Para o responsável da WIPL, a escolha de Jorge Sampaio é «muito positiva» , tanto pela personalidade do ex-Presidente, como pelo papel que Portugal tem tido no diálogo entre culturas e civilizações.

«É uma pessoa que se comprometeu desde há muito na defesa do diálogo de culturas e civilizações. E Portugal sempre gozou da amizade do mundo islâmico», afirmou.

Relativamente ao projecto da Aliança das Civilizações em si, Fernandez sustenta que o diálogo, elemento central da iniciativa, é a «única via para garantir que o mundo se desenvolva em paz».

No início do encontro, o secretário-geral da WIPL, Mohammed Ahmed Sheri, defendeu que a Aliança das Civilizações deve apostar em avançar com «medidas concretas», garantindo que «as boas intenções chegam ao seu objectivo».

«Temos que passar à prática e deixar de lado a teoria. Por isso é fundamental difundir esta ideia entre a sociedade civil para que a sociedade tome esta visão como sua», sublinhou.

Para Sherif, a iniciativa liderada agora por Jorge Sampaio é «uma aliança contra o fascismo e o desconhecimento entre as diferentes culturas do mundo».

«O contacto entre as pessoas e a educação são fundamentais para garantir a aplicação no terreno destas medidas. Mais tarde ou mais cedo, temos todos que viver juntos em todos os aspectos, culturais e religiosos, políticos e sociais», sublinhou.

Considerada a organização internacional muçulmana mais importante do mundo, a WIPL agrupa mais de 400 organizações islâmicas, partidos políticos e organizações não-governamentais, representando milhões de muçulmanos em todo o mundo.

Espanha foi escolhida para acolher o encontro, segundo os organizadores, por ter promovido a Aliança das Civilizações, uma iniciativa que conta com o apoio da Turquia e que foi apadrinhada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que nomeou Jorge Sampaio para a liderar.

Yusuf Fernandez sustentou que a WIPL aposta na «defesa da paz, no diálogo das civilizações e na luta contra qualquer radicalismo», promovendo a ideia de que «os muçulmanos devem estar na vanguarda da luta pelo diálogo e pela paz (...), valores contemplados pelo próprio Islão».

Admitiu que passar esta mensagem mais moderada nos países muçulmanos tem sido «difícil», em particular porque os orçamentos limitados e a escassez de meios impedem mais acções, daí que apostem agora «em cooperações com outras entidades».

No que toca ao mundo ocidental, Fernandez insistiu na necessidade de combater o «clima de islamofobia» que existe em alguns países e que considerou «o anti-semitismo do século 21».

«Há que recordar que as mensagens de xenofobia e ódio que os judeus sofreram nos anos 30 culminaram depois com o holocausto. Não queremos ver isso a repetir-se, tendo agora como alvo os muçulmanos», afirmou.

Apesar da exclusão e discriminação, Fernandez admitiu que uma outra corrente tem ajudado a promover «uma consciência de luta contra a islamofobia e pelos direitos dos muçulmanos».

No encontro de Córdoba estão os principais responsáveis do comité executivo da WIPL, entre eles Sheij Ibrahim Saleh Al-Husayni (Nigéria), como representante de África, Amad Sahwqui Al-Hefni (Egipto), em representação do mundo árabe, Haroun Salamat (Canadá), pela América do Norte e Din Syamsuddin (Indonésia), pela Ásia.

Dividido em quatro sessões, o encontro contará com a participação de vários responsáveis do governo espanhol, analisando questões como o diálogo inter-religioso, a convivência e medidas de cooperação para fortalecer o diálogo entre civilizações.

Além de responsáveis islâmicos, participam no encontro o teólogo católico Juan José Tamayo e o mestre budista Dokusho Villalba.

Recorde-se que a WIPL é actualmente presidida pelo Presidente líbio, Muammar Kadhafi, tendo a sede em Tripoli.

A organização tem ajudado a potenciar nos últimos anos a corrente sufi, considerada a mais moderada dentro do islamismo, acolhendo organizações de diversas tendências e promovendo a prática de um Islão «moderado, de diálogo e cooperação com as outras confissões e a contextualização da mensagem do Alcorão aos tempos actuais».

Entre as medidas que promove, a organização defende que mulheres e jovens devem assumir cargos de responsabilidade dentro do Islão, tendo repetidamente condenado a violência do fanatismo islâmico.

Diário Digital / Lusa

19-06-2007 11:47:00


20
Abr 07

O Presidente George W. Bush afirmou hoje que o seu novo plano para o Iraque prepara-se para dar resultados e que a guerra começa a tomar um novo rumo apesar dos “actos terríveis” que continuam a registar-se naquele país, onde anteontem pelo menos 190 pessoas morreram na explosão de seis viaturas armadilhadas em diferentes bairros de Bagdad.

“Existem todos os dias ataques terríveis no Iraque, como os atentados bombistas de quarta-feira em Bagdad, mas o curso do combate começa a mudar”, disse Bush num discurso em East Grand Rapids, no Michigan, norte dos Estados Unidos, um dia depois de um dos seus principais adversários democratas ter defendido que a “guerra está perdida”.

O Presidente sublinhou que é necessário esperar para julgar o plano anunciado em Janeiro, que decidia o reforço do número de militares norte-americanos em território iraquiano. “Mas as primeiras indicações começam a aparecer e mostram que a operação responde às expectativas previstas até aqui”, continuou Bush.

Ontem, o líder da maioria democrata no Congresso dos Estados Unidos, Harry Reid, considerou que o envio de 30 mil soldados suplementares para o Iraque “não alcançará nada, como mostra a violência extrema que vimos esta semana”.

A nova estratégia de Bush, bem como o financiamento da guerra, estão na origem do braço-de-ferro político em curso nos Estados Unidos entre o Presidente e os seus adversários democratas, em maioria no Congresso desde Janeiro.

Público.pt


20
Mar 07
Violência no Iraque deixou 730.000 deslocados desde 2006

Quase 730.000 iraquianos fugiram das suas casas desde o início de 2006 e enfrentam dificuldades crescentes no seu próprio país, denunciou hoje em Genebra o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

A maioria dos deslocados encontra-se retido actualmente em regiões iraquianas em conflito, segundo o porta-voz do ACNUR, Ron Redmond.

«Cada vez é mais difícil obter ajuda ou um refúgio nos países fronteiriços», disse Redmond à imprensa.

«Muitos dos que fugiram para outras regiões do Iraque estão prestes a ficar sem recursos e as comunidades que os acolheram devem lutar para absorver o número crescente de deslocados», acrescentou.

O ACNUR calcula que 50.000 iraquianos são obrigados a deixar as suas residências a cada mês. Quase quatro milhões de pessoas dependem da ajuda alimentar e 23% das crianças estão desnutridas, segundo estimativas do Alto Comissariado.

O ACNUR organizará nos dias 17 e 18 de Abril, em Genebra, uma conferência internacional para estudar formas de combater este deslocamento da população, o mais grave no Médio Oriente desde 1948.

20-03-2007 15:50:47
Diário Digital


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