23
Mar 07

Abu Al Hasan Ali Bin Sahl Rabban Al Tabari

 

Al Tabari

 

Este Hakim era o tutor do médico Zakariya Al Razi, a sorte favoreceu o seu discípulo, mais do que o professor nos termos de celebridade, em comparação a Razi os povos sabem muito pouco sobre seu professor Ali.

O sobrenome de Rabban mais conhecido como Ali era Abu Al Hasan, o seu nome completa era Abu Al Hasan Ali Bin Sahl Rabban Al Tabari, nasceu em 838, seu pai Sahl era de uma respeitável família judia.

O notabilidade e a simpatia inerentes em sua natureza, fez com que ele conquistasse um grande respeito entre os seus compatriotas, sendo que assim começaram a lhe chamar de Rabban que significa " meu líder ".

Profissionalmente seu pai Sahl era um médico extremamente bem sucedido, foi um especialista na arte da caligrafia, além disso teve uma contribuição profunda nas disciplinas da astronomia, da filosofia, da matemática e da literatura.

Alguns artigos do livro Al Mijasti de Batlemus vieram a ser resolvidos, com a perícia dos estudos de Sahl, tradutores que o precedem, ainda não tinham resolvido o mistério.

Al Tabari recebeu sua instrução nas disciplinas da ciência e da caligrafia, e os ensinos da medicina, aprendeu de seu pai Sahl, sendo que desta maneira alcançou a perfeição nestes campos, tinha o domínio a língua Síria e da Grega, o que o ajudou a aumentar ainda mais os seus conhecimentos.

Al Tabari descendia de uma família de Israelitas, desde que abraçou o Islam, é classificado como um dos maiores cientistas da história do Islam.

Uma de suas obras Firdous Al Hikmat, está divido em sete partes, Firdous Al Hikmat é a primeira enciclopédia, em que um médico incorpora todas as filiais da ciência médica em suas páginas.

Este trabalho foi publicado somente neste século (XX), antes desta publicação somente cinco de seus manuscritos, eram encontrados dispersadamente nas bibliotecas do mundo.

O Dr. Muhammad Zubair Siddiqui comparou e editou os manuscritos, em seu prefácio forneceu informações extremamente úteis a respeito do livro e as notas do autor.

Mais tarde este trabalho original foi publicado com a cooperação de instituições inglesas e alemãs.

A seguir a obra de Al Tabari em sete partes:

1. Parte: Kulliyat-i-Tibb; esta parte joga a luz da ideologia contemporânea da ciência médica, foram estes princípios que deram forma à base da ciência médica.
2. Parte: Elucidação dos órgãos do corpo humano, regras para manter uma boa saúde, e um trabalho clínico detalhado de determinadas doenças musculares.
3. Parte três: Descrição do exame da dieta a ser feita em condições de saúde e de doença.
4. Parte: Todas as doenças da cabeça aos pés. Esta parte é de um significado profundo, o livro inteiro esta dividido em 12 partes:

  1. causas gerais que relacionam-se a erupção das doenças;
  2. doenças da cabeça e as doenças do cérebro;
  3. doenças relacionadas ao olho, ao nariz, a orelha, a boca e aos dentes;
  4. doenças musculares, paralisia e espasmo;
  5. doenças das regiões da caixa torácica, da garganta e dos pulmões;
  6. doenças do abdômen;
  7. doenças do fígado
  8. doenças dos rins e do coração.
  9. doenças intestinais;
  10. tipos diferentes de febre;
  11. doenças variadas; explanação breve dos órgãos e do exame do corpo humano
  12. doenças do pulso e da urina, esta parte é a maior do livro e compreende quase que a metade do livro.

5. Parte: Descrição do sabor, do gosto e da cor.
6. Parte: Drogas e venenos.
7. Parte sete: Sobre tópicos diversos, discute o clima e a astronomia, contém também uma breve menção sobre a medicina Indiana.

Embora tenha escrito Firdous Al Hikmat em árabe, ele também traduziu-o simultaneamente em Sírio.

Há outras duas mais compilações suas, Din-u-Doulat e Hifdh Al Sihhat, este último está disponível em um manuscrito na biblioteca da universidade de Oxford.

Além da ciência médica, era também um mestre da filosofia, da matemática e da astronomia, Al Tabari morreu por volta de 870.


09
Mar 07

Por Haidar Abu Talib

 

Por vezes, a evolução intelectual atravessa pontes que, nem sempre, são seguras ou confiáveis, devido às dificuldades de percepção, compreensão e raciocínio que todos nós, humanos, possuímos, guardadas as proporções de mais ou de menos.

A lucidez e o estudo são elementos de grande importância que, quando adicionados ao líquido da boa intenção, formam a argamassa necessária à edificação do sólido conhecimento humano que, por vezes, resta prejudicado, em consequência de, por exemplo, alguns estudarem a matéria cálculo estrutural em livros de culinária. A intelectualidade humana não deve estar dissociada da utilidade e do seu utilizador final, que devidamente direcionado para o fim a que se propõe, labora e progride, rumo ao conhecimento sadio e eficaz.

Assim sendo, o verdadeiro conhecimento é indispensável e muito se distancia daquilo que possa ser identificado como "cultura inútil". A transitoriedade dos fatos, isto é, o aspecto cronológico, ou temporal, dimensionando os acontecimentos, ora nesse período, ora naquele século, somente nos fazem confirmar a validade e a qualidade que identificam, e em que estão constituídos, efetivamente, os aprendizados que trafegam entre a teoria estudada e a prática realizada.

A análise da problemática humana hoje, próxima do século XXI e do 3º milênio, demonstra, a quem quiser ver e enxergar, que o comportamento humano, ainda hoje, não se diferencia muito daquele havido na Idade da Pedra. As questões sociais de todo o complexo identificado como Sociedade Humana, formada por indivíduos, componentes de numerosas diversidades, apesar das teorias publicadas e pesquisadas, e ainda em fase de pesquisa, que são formuladas ao público das mais variadas maneiras, para todos os gostos, são a expressão do que conceitualmente poderíamos chamar de "Segunda Época" (aquele período em que o aluno, ao invés de entrar n gozo das férias, fica obrigado a rever e aprender tudo aquilo que não aprendeu em todo o ano letivo).

As desigualdades, dia após dia, surgem como o cupim que corrói a Humanidade. Fatores como a fome, a violência, as doenças de diversos tipos e a adoção de medidas que tratam os sintomas, deixando de tratar a moléstia que os origina, por vezes nos fazem pensar que alguns acreditam que, se todos morrerem, não adoecerão mais. Quem de nós, ainda vivos, nos dias atuais, não vivenciou essa ou aquela problemática, esse ou aquele resultado da ignorância e do desconhecimento? Quem de nós, humanos, não viu esse ou aquele segmento identificado com "X", "Y" ou "Z", falar em nome dessa ou daquela teoria de ensino, desconhecendo efetivamente a disciplina sobre a qual acredita lecionar? Evidentemente, a validade do aprepndizado se depreende da sua aplicação ao longo da existência transcorrida na etapa da vida humana.

Com a clareza desses pressupostos, podemos compreender que DEUS, o ALTÍSSIMO, o CLEMENTE, o MISERICORDIOSO, CRIADOR DE TODOS OS SERES E DE TODAS AS COISAS, permitiu e determinou a todos nós, criaturas, a SENDA RETA, isto é, o caminho que não leva aos abismos da ignorância. Para tanto, enviou a todos aqueles que têm boa vontade ou não, como ajuda e aviso, os ensinamentos do que é verdadeiro, do que é certo e do que é justo.

Essa metodologia de vida, portada por muitos Profetas e vários Mensageiros de Deus, constitui o que se chama ISLAM, que não é uma salada de frutas de várias ideologias. Esse Sistema Completo de Vida, o ISLAM, que foi revelado à humanidade através de profetas, como aqueles da chamada Cadeia Semítica, sejam nominados como ADÃO, JONAS, JÓ, NOÉ, ABRAHÃO e seus filhos ISMAEL e ISAAC, DAVID, MOISÉS, JOÃO BATISTA, JESUS e MAOMÉ, ou de tantos outros quantos a humanidade não se preocupou em seus nomes preservar, como de outros oriundos de etnias, raças ou povos distantes, em épocas diferentes. O Alcorão Sagrado não é obra das criaturas, mas sim do CRIADOR, como tantas outras Mensagens Reveladas aos seres humanos, tal como o Torá, na forma original e intocável com a qual DEUS, o ALTÍSSIMO, determinou à humanidade, através de MOISÉS, o caminho da Retidão, como também foi apresentada nos Salmos revelados a DAVID, a expressão da Misericórdia do CRIADOR, também na forma original com que o Evangelho foi revelado a Jesus, filho de Maria. A Mensagem trazida à humanidade pelo Profeta e Mensageiro de Deus, Muhammad (Maomé) foi transmitida pelo Arcanjo Gabriel, aprendida através da tradição oral, e tal qual foi ouvida, recitada e confirmada, se encontra preservada, sem qualquer tipo de alteração ou reinterpretação e seus originais se encontram preservados e custodiados como confirmação de tudo isto.

Diz DEUS, o Altíssimo nos versículos 2 a 5, da surata A Vaca:

"2. Eis o livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus; 3. que crêem no incognoscível, observam a oração e gastam daquilo com que os agraciamos; 4. que crêm no que te foi revelado (revelado a Maomé), no que foi revelado antes de ti e estão persuadidos da outra vida. 5. Estes possuem a orientação do seu Senhor, e estes serão os bem aventurados."

Ainda na surata A Vaca, nos versículos 37 e 38, lemos:

"37. É impossível que este Alcorão tenha sido elaborado por alguém que não seja Deus. Outrossim, é a confirmação das revelações anteriores a ele e a elucidação do Livro indubitável do Senhor do Universo. 38. Dizem (os que duvidam do milagre do Alcorão): Ele o forjou! Dize: Componde pois, uma surata semelhante às dele; e podeis recorrer, para isso, a quem quiserdes, em vez de DEUS, se estiverdes certos."

Consequentemente, a expressão que alguns utilizam como sendo Literatura, em especial Literatura árabe, não se aplica ao milagre havido pela manifestação da Mensagem de DEUS revelada à humanidade, através do Mensageiro Maomé, no idioma árabe. O Alcorão, última Mensagem Revelada do ISLAM não foi, não é, não será, uma manifestação étnica ou de um agrupamento social. Na Surata Az Zúmar, versículos 27, 28 e 41, temos:

"27. E expomos aos homens, neste Alcorão, toda a espécie de exemplos para que meditem. 29. É um Alcorão árabe, irrepreensível, quiçá, assim temam a Deus. 41. Em verdade, temos-te revelado o Livro para (instruíres) os humanos. Assim, pois, quem se encaminhar será em benefício próprio; por outra, quem se desviar, será em seu próprio prejuízo." (1)

Por outro lado, literatura é o resultado da consolidação de escritos, devidamente encadernados ou, ainda, de acordo com dicionários de língua portuguesa, dentre eles, o Novo Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro, LELLO UNIVERSAL, de João Grave & Coelho Neto, publicado na cidade do Porto, Portugal, por LELLO e IRMÃO, que nos ensina o seguinte:

LITTERATURA, ou LITERATURA, substantivo, feminino, do latim litteratura. Conhecimento das obras e das regras literárias, com especialidade as de eloquência e poesia. Carreira das letras, profissão do homem de letras, do escritor. Conjunto das produções literárias de um país, de uma época."

Além dessa temática, dentre muitas outras não estudadas, ou ditas sem compromisso com a razão, temos algumas afirmações, como por exemplo aquela que diz, dentre outros enganos, existir no Islam preceitos tais como "guerra santa". O Fundamento do Islam está alicerçado nos seguintes Pilares:

a) crença na unicidade de DEUS, sabendo-se que não há outro deus ou divindade além Dele;
b) crença na existência dos anjos;c) crença em que Deus enviou Profetas e Mensageiros para ensinar à Humanidade o Caminho da Senda Reta;
d) crença nos Livros Revelados, desde que em suas formas originais.

Quanto aos Pilares da Prática do Islam, estes são representados pela obrigatoriedade da prática das orações, que são 5, diariamente; no cumprimento do jejum, de acordo com os parâmetros revelados durante o período do mês de Ramadan (9º mês do calendário lunar); no pagamento do zakat, que é uma importância tirada das quantias, dos estoques ou dos bens acumulados e sem utilização durante cada período anual, para distribuição aos necessitados; a obrigatoriedade da Peregrinação à Caaba, situada na cidade de Meca, na medida da possibilidade de cada pessoa.

A própria utilização da expressão "guerra santa", tem, quase sempre, origem nas fantasias vindas verdadeiramente da literatura humana, até e porque, para o muçulmano (palavra oriunda do vocábulo árabe "muslim", que significa submisso), DEUS é o Único Santo e a Ele somos submissos.

A necessidade e a obrigatoriedade, em havendo circunstâncias que autorizem qualquer tipo de luta, se dá, única e exclusivamente, pela defesa da dignidade humana e, nunca, como forma de opressão ou conquista com fins de dominação.

Por último, gostaríamos de lembrar que muitas pessoas encontraram nos textos de Alcorão Sagrado fatos e detalhes, inclusive relativos às descobertas atuais da ciência humana, que ali já estavam relatadas há 1.400 anos atrás. Como exemplo, referenciamos a obra do eminente cientista francês, Prof. Dr. Maurice Bucaille, intitulada La Bible, Le Coran el la Science, editada em Paris, em 1987.

Encerramos nossa palavra, conclamando a todos à obediência aos princípios estabelecidos por DEUS, o Altíssimo, lembrando suas palavras no 13º versículo da Surata dos Aposentos, no Al Acorão Sagrado, que são:

"Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado."


(1) - Textos reproduzidos da obra O SIGNIFICADO DOS VERSÍCULOS DO ALCORÃO SAGRADO, do Prof. Samir El Hayek, Marshal Editora - SP, 1984)

Fonte: www.sbmrj.org.br


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