28
Mar 07


Poderá ver uma transacção de uma cor muito escura para uma cor mais clara, que aprece devido á dimensão do texto

O conceito de adoração no Islam é mal interpretado por muita gente, inclusive por alguns muçulmanos. Comumente, considera-se adoração como tendo o significado do desempenho de atos rituais, tais como, as orações, o jejum, a caridade.

Essa compreensão limitada da adoração é apenas uma parte do significado que a adoração tem no Islam. É por isso que a sua definição tradicional é de grande alcance, pois inclui quase tudo que se relaciona com as atividades de qualquer individuo. A definição segue mais ou menos assim: "A adoração é um termo abrangente, que incluí tudo aquilo que Deus ama relativo às ações e aos dizeres externos e internos de uma pessoa." Em outras palavras, adoração é tudo aquilo que um sujeito diz ou faz para agradar a Deus. É claro que isso inclui tanto os rituais como as crenças, as atividades sociais e as contribuições pessoais para o bem-estar de seus semelhantes.

O Islam olha para o indivíduo como um todo. Ele é solicitado a se submeter completamente a Deus, segundo o al-Qur´an instruiu o Profeta Mohammad a fazer:

"Dize: Minhas orações, minhas devoções, minha vida e minha morte pertencem a Deus, Senhor do Universo, Que não possui parceiros. Tal me tem sido ordenado e eu sou um dos muçulmanos." (6ª Surata, versículos 162-163)

O resultado natural dessa submissão é que as atividades do indivíduo devem estar em conformidade com as instruções d´Aquele a Quem ele está submetido. Por ser o Islam um modo de vida, exige que os seus seguidores modelem suas vidas de acordo com os ensinamentos dele em todos os aspectos, quer sejam religiosos ou quaisquer outros. Isso pode soar esquisito para algumas pessoas que pensam que religião é uma relação entre o indivíduo e Deus, que não tenha nenhuma concernência nas atividades do indivíduo fora dos rituais.

Na realidade, o Islam não leva em conta meros rituais, quando são executados mecanicamente e não têm influência sobre a vida interior do sujeito. O al-Qur´an dirige-se aos fiéis e seus vizinhos, o povo do Livro, uma vez que estes estavam argüindo com eles sobre a mudança da direção da Qibla(diretriz para a oração) nos seguintes versículos:

"A virtude não consiste só em que orienteis vossos rostos até o levante ou o poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem distribui seus bens em caridade por amor a Deus, entre parentes, órfãos, necessitados, viajantes mendigos e em resgate de cativos. Aqueles que observam a oração, pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos, são pacientes na miséria e na adversidade ou durante o combate, são os verdadeiros fiéis e são os que temem a Deus." (2ª Surata, versículo 177)

Os atos nos versículos acima são os da virtude e são apenas uma parte da adoração. O Profeta nos informou sobre a fé, a base da adoração, dizendo: Ela é constituída de sessenta e poucas ramificações, o ápice das quais é a crença na Unicidade de Deus, isto é, que não há outra divindade além de Deus, e a mais baixa na escola da adoração é a remoção de obstáculos do caminho das pessoas."

Um trabalho decente é considerado no Islam um tipo de adoração. O Profeta disse: "Aquele que, ao anoitecer se encontre cansado por ter trabalhado, Deus lhe perdoará os pecados." A busca do saber é um dos mais elevados tipos de adoração. O Profeta informou os seus companheiros de que: "Procurar o conhecimento é dever de todo muçulmano e muçulmana." Em outra oportunidade ele disse: "A busca do saber por uma hora é melhor do que orar setenta anos". A cortesia e cooperação sociais fazem parte da adoração quando forem dedicadas a Deus, de acordo com o que o Profeta disse: "Receber o amigo com um sorriso é um tipo de caridade; ajudar uma pessoa a colocar a carga num animal é uma caridade e colocar um pouco de água mo balde do vizinho é uma caridade."

Vale a pena notar que até mesmo quando uma pessoa cumpre com suas obrigações, isso é considerado uma forma de adoração. O Profeta disse que qualquer gasto que a pessoa tem com a família é um tipo de caridade. Ele será recompensado por isso, se ganhou o dinheiro por meios legais. A amabilidade com os membros da própria família é um tipo de adoração. Também colocar um pouco de alimento na boca da esposa, de acordo com uma tradição do Profeta é um tipo de adoração. Não apenas esses, mas, até mesmo os atos que nos proporcionam prazer, se forem executados de acordo com as instruções do Profeta, são considerados atos de adoração. O Profeta informou seus companheiros que eles serão recompensados até mesmo por terem mantido relações sexuais com suas esposas. Os companheiros ficaram abismados e perguntaram: Como poderemos ser recompensados por fazermos algo que nos proporciona deleite?" O Profeta lhes perguntou: Suponhamos que satisfizésseis vossos desejos ilicitamente, vós não sereis punidos por isso?" Responderam: "Sim". "Portanto", ele disse: "Por satisfazê-los, licitamente, com vossas esposas sereis recompensados". Isso significa que são atos de adorações.

Dessa maneira, o Islam não considera o sexo uma coisa suja, que deve ser evitada. Ele é sujo e pecaminoso somente quando é praticado fora da vida matrimonial.

Ficou claro da exposição precedente que o conceito de adoração no Islam é amplo e inclui todas as atividades positivas do indivíduo. Claro que isso está de acordo coma a natureza plenamente abrangente do Islam como um modo de vida. Ele regula a vida humana em todos os níveis, individual, social, econômico, político e espiritual. É por isso que o Islam providencia a orientação para os menores detalhes da vida do individuo em todos os níveis. Por conseguinte, seguir esses detalhes é seguir as instruções Islâmicas nessa área específica. É um elemento muito encorajador quando se fica sabendo que todas essas atividades são consideradas por Deus atos de adoração. Isso deve motivar o individuo a procurar agradar a Deus em suas ações e a tentar fazê-las da melhor maneira possível, quer esteja a sós. Sempre há o Supervisor Permanente que sabe de todas as coisas que, nomeadamente, é Deus.

Por haver tratado da adoração não ritual no Islam em primeiro lugar, isto não significa uma subestimação da importância das adorações rituais. Realmente, as adorações rituais, se forem cumpridas num espírito verdadeiro, elevam o homem, moral e espiritualmente e lhe possibilitam levar a cabo suas atividades em todas as jornadas da vida, de acordo com a orientação de Deus. Entre as adorações rituais, a oração ocupa a posição chave por duas razões: Em primeiro lugar, ela é a marca que distingue o fiel. Em segundo lugar, ela impede o individuo de todos os gêneros de abominação e vícios, providenciando-lhe chances de uma comunicação direta com o seu Criador, cinco vezes ao dia, quando renova o seu pacto com Deus e busca a Sua orientação repetidas vezes:

"Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda. Guia-nos à senda reta." (al-Qur´an Sagrado, 1ª Surata, versículos 4-5)

Na realidade, a oração é a primeira manifestação prática de fé e, a primeiríssima das condições básicas para o sucesso dos fiéis:

"É certo que prosperarão os fiéis, que são humildes em suas orações." (23ª Surata, versículos 1-2)

O mesmo fato foi enfatizado pelo Profeta, de uma maneira diferente. Ele disse:

"Aqueles que praticam a oração com grande atenção e pontualidade, verificarão que ela é uma luz, uma prova de sua fé e a causa de sua salvação no Dia do Juízo Final".

Após a oração, o zakat(tributo) é um importante pilar do Islam. No alcorão, na maioria das vezes, oração e zakat têm sido mencionados juntos. Como a oração, o zakat é uma manifestação de fé afirma que Deus é o Único Senhor do Universo, e que aquilo que está nas mãos do homem foi-lhe confiado por Deus, que o fez depositário dele, como Ele dispôs no al-Qur´an Sagrado:

"Crede em Deus e em Seu mensageiro e fazei caridade daquilo que Ele vos fez depositários." (57ª Surata, versículo 7)

A esse respeito, o zakat é um ato de devoção que, como a oração, traz o fiel para mais perto de seu Senhor.

À parte disso, o zakat é um meio de redistribuição da riqueza, de uma maneira que reduz as diferenças entre as classes e os grupos. Ele presta uma razoável contribuição para a estabilidade social. Purgando as almas dos ricos do egoísmo e as almas dos pobres da inveja e do ressentimento contra a sociedade, ele interrompe os canais que conduzem ao ódio de classes e faz com que os mananciais de fraternidade e solidariedade jorrem. Tal estabilidade não se acha meramente baseada nos sentimentos pessoais dos ricos; apoia-se num direito firmemente estabelecido que, se os ricos o negarem, será exigido pela força, se necessário.

O jejum durante o mês de Ramadan é outro pilar do Islam. A principal função do jejum é fazer o muçulmano puro "por dentro", assim como outros aspectos da chari´a (doutrina) o fazem puro "por fora". Por causa de tal pureza ele se corresponde com o que é verdadeiro e bom e se afasta do que é falso e maligno. Isso é o que podemos compreender do versículo alcorânico:

 "Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus." (2ª Surata, versículo 183)

Numa citação autêntica, o Profeta relatou que Deus disse:

"O homem suspende a sua alimentação, bebida e satisfação sexual por Minha causa".

Portanto, a sua recompensa será de acordo com a grandiosa generosidade de Deus.

Além do mais, o jejum desperta a consciência do indivíduo e lhe proporciona a oportunidade de se exercitar numa experiência conjunta com toda a sociedade, ao mesmo tempo, acrescentando assim mais força a cada indivíduo. Além disso, o jejum oferece descanso compulsório cuja duração é de um mês inteiro para a sobrecarregada máquina humana. Semelhantemente, o jejum relembra o indivíduo daqueles que estão privados das necessidades da vida durante o ano ou por toda a vida. Ele faz que o indivíduo se conscientize do sofrimento dos outros e dos irmãos no Islam menos afortunados e, dessa maneira, promove nele um sentimento de simpatia e generosidade em relação a eles.

Finalmente, chegamos à peregrinação (Hajj) para a Casa de Deus em Makkah. Esse importantíssimo pilar do Islam é uma manifestação de união excepcional que dissipa todas as espécies de diferenças. Muçulmanos de todos os cantos do mundo, vestindo a mesma roupa, respondem ao chamamento do Hajj, numa só voz e língua: Labbaika allahumma labaik (Eis-me aqui ó Deus!). Na peregrinação há um ritual de estrita autodisciplina e controle, onde não somente as coisas sagradas são reverenciadas, mas até mesmo as vidas das plantas e dos pássaros são tornadas invioláveis, para que tudo viva em segurança:

"Quanto àquele que enaltecer os ritos sagrados de Deus, será melhor para ele aos olhos de seu Senhor." (22ª Surata, versículo 30)

A peregrinação dá a oportunidade a todos os muçulmanos de todos os grupos, de todas as classes de todas as organizações e aos governos de todas as partes do mundo muçulmano para se encontrarem anualmente num grande Congresso. O tempo e o lugar desse Congresso foi estabelecido por seu Único Deus. O convite para participar dele é franqueado a todo muçulmano. Ninguém tem poderes para barrar quem quer que seja. Todo muçulmano que vier participar dele terá a sua segurança e liberdade garantidos, enquanto ele próprio não violar a segurança do Congresso.

Dessa forma, a adoração no Islam, quer seja ela ritual ou não ritual, treina o indivíduo de uma tal maneira, que ele ama mais ainda o seu Criador e , conseqüentemente, ganha uma vontade e um espírito indômitos para extirpar toda a malignidade e opressão  da sociedade humana e para fazer que a palavra de Deus seja a dominante no mundo.


09
Mar 07

Por Haidar Abu Talib

 

Por vezes, a evolução intelectual atravessa pontes que, nem sempre, são seguras ou confiáveis, devido às dificuldades de percepção, compreensão e raciocínio que todos nós, humanos, possuímos, guardadas as proporções de mais ou de menos.

A lucidez e o estudo são elementos de grande importância que, quando adicionados ao líquido da boa intenção, formam a argamassa necessária à edificação do sólido conhecimento humano que, por vezes, resta prejudicado, em consequência de, por exemplo, alguns estudarem a matéria cálculo estrutural em livros de culinária. A intelectualidade humana não deve estar dissociada da utilidade e do seu utilizador final, que devidamente direcionado para o fim a que se propõe, labora e progride, rumo ao conhecimento sadio e eficaz.

Assim sendo, o verdadeiro conhecimento é indispensável e muito se distancia daquilo que possa ser identificado como "cultura inútil". A transitoriedade dos fatos, isto é, o aspecto cronológico, ou temporal, dimensionando os acontecimentos, ora nesse período, ora naquele século, somente nos fazem confirmar a validade e a qualidade que identificam, e em que estão constituídos, efetivamente, os aprendizados que trafegam entre a teoria estudada e a prática realizada.

A análise da problemática humana hoje, próxima do século XXI e do 3º milênio, demonstra, a quem quiser ver e enxergar, que o comportamento humano, ainda hoje, não se diferencia muito daquele havido na Idade da Pedra. As questões sociais de todo o complexo identificado como Sociedade Humana, formada por indivíduos, componentes de numerosas diversidades, apesar das teorias publicadas e pesquisadas, e ainda em fase de pesquisa, que são formuladas ao público das mais variadas maneiras, para todos os gostos, são a expressão do que conceitualmente poderíamos chamar de "Segunda Época" (aquele período em que o aluno, ao invés de entrar n gozo das férias, fica obrigado a rever e aprender tudo aquilo que não aprendeu em todo o ano letivo).

As desigualdades, dia após dia, surgem como o cupim que corrói a Humanidade. Fatores como a fome, a violência, as doenças de diversos tipos e a adoção de medidas que tratam os sintomas, deixando de tratar a moléstia que os origina, por vezes nos fazem pensar que alguns acreditam que, se todos morrerem, não adoecerão mais. Quem de nós, ainda vivos, nos dias atuais, não vivenciou essa ou aquela problemática, esse ou aquele resultado da ignorância e do desconhecimento? Quem de nós, humanos, não viu esse ou aquele segmento identificado com "X", "Y" ou "Z", falar em nome dessa ou daquela teoria de ensino, desconhecendo efetivamente a disciplina sobre a qual acredita lecionar? Evidentemente, a validade do aprepndizado se depreende da sua aplicação ao longo da existência transcorrida na etapa da vida humana.

Com a clareza desses pressupostos, podemos compreender que DEUS, o ALTÍSSIMO, o CLEMENTE, o MISERICORDIOSO, CRIADOR DE TODOS OS SERES E DE TODAS AS COISAS, permitiu e determinou a todos nós, criaturas, a SENDA RETA, isto é, o caminho que não leva aos abismos da ignorância. Para tanto, enviou a todos aqueles que têm boa vontade ou não, como ajuda e aviso, os ensinamentos do que é verdadeiro, do que é certo e do que é justo.

Essa metodologia de vida, portada por muitos Profetas e vários Mensageiros de Deus, constitui o que se chama ISLAM, que não é uma salada de frutas de várias ideologias. Esse Sistema Completo de Vida, o ISLAM, que foi revelado à humanidade através de profetas, como aqueles da chamada Cadeia Semítica, sejam nominados como ADÃO, JONAS, JÓ, NOÉ, ABRAHÃO e seus filhos ISMAEL e ISAAC, DAVID, MOISÉS, JOÃO BATISTA, JESUS e MAOMÉ, ou de tantos outros quantos a humanidade não se preocupou em seus nomes preservar, como de outros oriundos de etnias, raças ou povos distantes, em épocas diferentes. O Alcorão Sagrado não é obra das criaturas, mas sim do CRIADOR, como tantas outras Mensagens Reveladas aos seres humanos, tal como o Torá, na forma original e intocável com a qual DEUS, o ALTÍSSIMO, determinou à humanidade, através de MOISÉS, o caminho da Retidão, como também foi apresentada nos Salmos revelados a DAVID, a expressão da Misericórdia do CRIADOR, também na forma original com que o Evangelho foi revelado a Jesus, filho de Maria. A Mensagem trazida à humanidade pelo Profeta e Mensageiro de Deus, Muhammad (Maomé) foi transmitida pelo Arcanjo Gabriel, aprendida através da tradição oral, e tal qual foi ouvida, recitada e confirmada, se encontra preservada, sem qualquer tipo de alteração ou reinterpretação e seus originais se encontram preservados e custodiados como confirmação de tudo isto.

Diz DEUS, o Altíssimo nos versículos 2 a 5, da surata A Vaca:

"2. Eis o livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus; 3. que crêem no incognoscível, observam a oração e gastam daquilo com que os agraciamos; 4. que crêm no que te foi revelado (revelado a Maomé), no que foi revelado antes de ti e estão persuadidos da outra vida. 5. Estes possuem a orientação do seu Senhor, e estes serão os bem aventurados."

Ainda na surata A Vaca, nos versículos 37 e 38, lemos:

"37. É impossível que este Alcorão tenha sido elaborado por alguém que não seja Deus. Outrossim, é a confirmação das revelações anteriores a ele e a elucidação do Livro indubitável do Senhor do Universo. 38. Dizem (os que duvidam do milagre do Alcorão): Ele o forjou! Dize: Componde pois, uma surata semelhante às dele; e podeis recorrer, para isso, a quem quiserdes, em vez de DEUS, se estiverdes certos."

Consequentemente, a expressão que alguns utilizam como sendo Literatura, em especial Literatura árabe, não se aplica ao milagre havido pela manifestação da Mensagem de DEUS revelada à humanidade, através do Mensageiro Maomé, no idioma árabe. O Alcorão, última Mensagem Revelada do ISLAM não foi, não é, não será, uma manifestação étnica ou de um agrupamento social. Na Surata Az Zúmar, versículos 27, 28 e 41, temos:

"27. E expomos aos homens, neste Alcorão, toda a espécie de exemplos para que meditem. 29. É um Alcorão árabe, irrepreensível, quiçá, assim temam a Deus. 41. Em verdade, temos-te revelado o Livro para (instruíres) os humanos. Assim, pois, quem se encaminhar será em benefício próprio; por outra, quem se desviar, será em seu próprio prejuízo." (1)

Por outro lado, literatura é o resultado da consolidação de escritos, devidamente encadernados ou, ainda, de acordo com dicionários de língua portuguesa, dentre eles, o Novo Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro, LELLO UNIVERSAL, de João Grave & Coelho Neto, publicado na cidade do Porto, Portugal, por LELLO e IRMÃO, que nos ensina o seguinte:

LITTERATURA, ou LITERATURA, substantivo, feminino, do latim litteratura. Conhecimento das obras e das regras literárias, com especialidade as de eloquência e poesia. Carreira das letras, profissão do homem de letras, do escritor. Conjunto das produções literárias de um país, de uma época."

Além dessa temática, dentre muitas outras não estudadas, ou ditas sem compromisso com a razão, temos algumas afirmações, como por exemplo aquela que diz, dentre outros enganos, existir no Islam preceitos tais como "guerra santa". O Fundamento do Islam está alicerçado nos seguintes Pilares:

a) crença na unicidade de DEUS, sabendo-se que não há outro deus ou divindade além Dele;
b) crença na existência dos anjos;c) crença em que Deus enviou Profetas e Mensageiros para ensinar à Humanidade o Caminho da Senda Reta;
d) crença nos Livros Revelados, desde que em suas formas originais.

Quanto aos Pilares da Prática do Islam, estes são representados pela obrigatoriedade da prática das orações, que são 5, diariamente; no cumprimento do jejum, de acordo com os parâmetros revelados durante o período do mês de Ramadan (9º mês do calendário lunar); no pagamento do zakat, que é uma importância tirada das quantias, dos estoques ou dos bens acumulados e sem utilização durante cada período anual, para distribuição aos necessitados; a obrigatoriedade da Peregrinação à Caaba, situada na cidade de Meca, na medida da possibilidade de cada pessoa.

A própria utilização da expressão "guerra santa", tem, quase sempre, origem nas fantasias vindas verdadeiramente da literatura humana, até e porque, para o muçulmano (palavra oriunda do vocábulo árabe "muslim", que significa submisso), DEUS é o Único Santo e a Ele somos submissos.

A necessidade e a obrigatoriedade, em havendo circunstâncias que autorizem qualquer tipo de luta, se dá, única e exclusivamente, pela defesa da dignidade humana e, nunca, como forma de opressão ou conquista com fins de dominação.

Por último, gostaríamos de lembrar que muitas pessoas encontraram nos textos de Alcorão Sagrado fatos e detalhes, inclusive relativos às descobertas atuais da ciência humana, que ali já estavam relatadas há 1.400 anos atrás. Como exemplo, referenciamos a obra do eminente cientista francês, Prof. Dr. Maurice Bucaille, intitulada La Bible, Le Coran el la Science, editada em Paris, em 1987.

Encerramos nossa palavra, conclamando a todos à obediência aos princípios estabelecidos por DEUS, o Altíssimo, lembrando suas palavras no 13º versículo da Surata dos Aposentos, no Al Acorão Sagrado, que são:

"Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado."


(1) - Textos reproduzidos da obra O SIGNIFICADO DOS VERSÍCULOS DO ALCORÃO SAGRADO, do Prof. Samir El Hayek, Marshal Editora - SP, 1984)

Fonte: www.sbmrj.org.br


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