23
Jul 07
Dubai
Arranha-céus do Golfo Pérsico já é o mais alto do mundo
Chama-se 'Burj Dubai' e ainda é um aglomerado de betão e aço. Mas já alcança 141 andares, ganhando assim o desígnio de edifício mais alto do mundo, mesmo não estando terminado
 
 

A data para o fim da obra está marcada para o próximo ano, na qual o edifício terá 690 metros.

Segundo escreve a BBC, foi a empresa Emaar Properties, encarregue da construção do Burj Dubai, que emitiu um comunicado a dar conta do feito. O edifício alcançou 512 metros e ultrapassou os 508 do ‘Taipei 101’ em Taiwan.

A discussão à volta do conceito de ‘edifício mais alto do mundo’ é acesa visto que aquilo que uns e outros consideram que deve ser medido difere. Quando acabado, para ser considerado oficialmente o maior do mundo, este arranha-céus do Dubai vai ter de corresponder a quatro critérios: a altura da estrutura no topo, o andar mais alto ocupado, o terraço, e o ponto mais alto da antena.

O ‘produto final’ vai ter mais de 160 andares, 56 elevadores, apartamentos, lojas, piscinas, centros de spa, suites de empresas, o primeiro hotel do estilista Giorgio Armani e uma plataforma de observação no 124º andar.

A sua construção começou a 21 de Setembro de 2004 e espera-se que termine em 2008.

Outros arranha-céus que anteriormente alcançaram a posição de ‘edifício mais alto do mundo’ foram o ‘Empire State Building’ nova-iorquino com 381 metros, o edifício ‘Jin Mao’ em Shangai com 421 metros, as Torres Sears em Chicago com 442 metros as Torres Petronas na Malásia com 452 metros.



SOL com agências

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22
Jul 07


    O Burj Dubai (em árabe: برج دبي, que quer dizer Torre de Dubai) é um arranha-céu em construção na cidade de Dubai, Emirados Árabes Unidos. Não se sabe qual será a altura exata do edifício após a finalização da construção, mas acredita-se que ele terá aproximadamente entre 700 e 800 metros de altura, o que o fará não somente o arranha-céu mais alto do mundo, bem como a estrutura mais alta do mundo. O término de sua construção está previsto para 2009, e seu custo estimado é de oito bilhões de dólares. Ao atingir sua altura máxima, o Burj Dubai deverá superar não somente o arranha-céu mais alto do mundo da atualidade, o Taipei 101, bem como a estrutura não sustentada por cabos em terra firme mais alta do mundo, a Torre CN, e a estrutura mais alta do mundo, a Torre da KVLY-TV.


    O Burj Dubai foi desenhado por Skidmore, Owings e Merrill, que também desenharam as Sears Tower em Chicago e a Freedom Tower em Nova Iorque, entre outros famosos edifícios. O interior será decorado por Giorgio Armani. Um Hotel Armani (o primeiro deste tipo) vai ocupar os primeiros 37 andares. Do 45º ao 108º andar haverá cerca de 700 apartamentos privados em 64 andares (que, segundo o responsável, foram vendidos em oito horas). As corporações e as suítes completarão a maior parte dos andares restantes. Também deverá ter o elevador mais rápido, a 18 m/s (65 km/h, 40 mph). Atualmente, o elevador mais rápido do mundo encontra-se no Taipei 101, Taipei, Taiwan, a 16,83 m/s (60,6 km/h, 37,5 mph).

O Burj Dubai deverá incluir 30 mil residências, nove hotéis, seis acres de parque, dezenove torres residenciais e doze hectares do ao redor. Quando completa, a torre vai cobrir uma área total de dois milhões de m² de desenvolvimento.


    Em 26 de Maio de 2007, uma foto tirada pelo fotógrafo Imre revelou que o Burj Dubai possui 129 pisos, o que equivale a 464 metros de altura, e superou as Petronas Towers2007 ultrapassou o Taipei 101 (508 m) por 4 metros de diferença, convertendo-se no mais alto edifício do mundo. Também o Burj Dubai já rompeu o recorde da estrutura de cimento mais alta do mundo, que era de 447 metros de altura, este pertencente à CN Tower (533) em Toronto, no Canadá. A estrutura de cimento do Burj Dubai medirá no mínimo 586 metros. (452 m). Em Julho de


 

Curiosidades

  • O Burj Dubai terá um posto de observação a 442 metros de altura.
  • A quantidade de janelas de vidro que vão ser colocadas no Burj Dubai daria para fechar 17 estádios de futebol e 25 de futebol americano.
  • A quantidade de energia elétrica usada no Burj Dubai é equivalente ao gasto de 360 000 lâmpadas de 10 watts ao mesmo tempo.
  • O Burj Dubai terá o peso equivalente de 100 000 elefantes.
  • O Burj Dubai necessitará de 964 000 litros de água por dia.
  • A antena do Burj Dubai poderá ser vista a 95 km de distância.


fonte: WIKIPEDIA

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Burj Dubai
  Foto mais recente do Burj Dubai, em 8 de maio 2007.
Informações Gerais
Localização: Dubai, Emirados Árabes Unidos
Ano de Construção: 2002
Conclusão: 2008 aprox.
Status: Em construção
Uso: Hotel/Moradia/Escritórios
Altura
Altura até o último andar: entre 700 e 800 metros
Altura até o topo da antena: 800 metros

Salams,
Com esta primeira parte vamos limitarnos a observar este edifício monumental, ou pelo menos aos seus protótipos e ao seu corpo em betão e ferro.

Burj Dubai= Dubai Tower= "Torre/edifício" de Dubai






















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20
Jul 07
Salams,

É com muito agrado que vos venho dizer esta notícia!

Após um ano de desenvolvimento do site IslamNET conseguimos chegar às 50.000 unique visitors, o que é bastante bom.

Foram 50.000 pessoas dos quatro cantos do mundo a visitarem-nos e a procurarem artigos de interesse reaccionados com o islão.

Espero que no próximo ano, neste mesmo dia, possamos ter 100.000 visitas. InshaAllah.

Para além de todos os que visitam o nosso site, tenho de agradecer a Meraj, um grande amigo meu, pela ajuda contínua no desenvolvimento deste site.

Tenho de pedir ainda que ele volte a postar no nosso blog. hehe


Salams, com os melhores cumprimentos ISLAMNET TEAM

13
Mai 07

    Antes do advento do Islam, Abu Bakr R.A era conhecido como um homem de carácter correcto e de natureza afável e compassivo, por toda a sua vida ele foi sensível ao sofrimento humano e gentil com os pobres e necessitados mesmo sendo rico, viveu muito simplesmente e usava o seu dinheiro para a caridade, libertação de escravos e pela causa do Islam, era comum passar noites em súplicas e orações.


    Este era o homem sobre quem o peso da liderança caiu, no período mais sensível da história dos muçulmanos, assim que a notícia da morte do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), se espalhou, numerosas tribos se rebelaram e se recusaram a pagar o Zakat, alegando que ele era devido somente ao Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele).


    Ao mesmo tempo, começaram a surgir numerosos impostores, alegando que a condição de profeta tinha passado para eles, além disso, o Império Romano do Oriente e o Império Persa começaram a ameaçar o recém-nascido estado islâmico de Madina.


    Diante de tais circunstâncias, muitos companheiros do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), inclusive Umar, aconselharam Abu Bakr R.A a fazer concessões aos sonegadores do Zakat, pelo menos uma vez.


    O novo califa não concordou, ele insistia em que era uma lei divina que não podia ser desrespeitada, que não havia diferença entre as obrigações do Zakat e o Salat e que qualquer acordo com as injunções de Deus acabariam por corromper as bases do Islam.


    As tribos revoltosas atacaram Madina mas os muçulmanos estavam preparados, o próprio Abu Bakr R.A. liderou um ataque que os forçou a  recuarem, a seguir, declarou uma guerra implacável contra aqueles que se autoproclamavam profetas e ao final, muitos se submeteram e retornaram ao Islam.


    A ameaça do Império Romano na verdade tinha começado mais cedo, com o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), ainda vivo, o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), tinha organizado um exército liderado por Usama, filho de um liberto.


    O exército não foi muito longe porque o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), ficou doente, após a morte dele, a questão apresentada era se o exército deveria prosseguir ou ficar para defender a cidade de Madina. Mais uma vez, Abu Bakr R.A. mostrou uma firme determinação, ele disse:


"Enviarei o exército de Usama da forma como o Profeta ordenou, ainda que eu fique sozinho."


    As instruções finais dadas a Usamah prescreviam um código de conduta de guerra que permanece até os dias de hoje:


    "Não desertem nem desobedeçam. Não matem um velho, uma mulher ou uma criança. Não maltrate as palmeiras nem derrubem as árvores. Não matem carneiros e vacas ou camelos, a não ser para o alimento. Vocês encontrarão pessoas que passam a vida em monastérios. Deixai-as em paz e não as molestem.''


    Em diversas ocasiões, Khalid bin Walid tinha sido escolhido pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), para chefiar os exércitos, homem de grande coragem e nascido para chefiar, seu génio militar acabou por se destacar durante o califado de Abu Bakr R.A., quando liderou suas tropas alcançando diversas vitórias sobre os romanos, uma outra contribuição de Abu Bakr R.A. para a causa do Islam foi a colecção e compilação dos versículos do Alcorão Sagrado.


    Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com ele) morreu no ano de 634 d.C, com a idade de 63 anos, e foi enterrado ao lado do Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele),  o seu califado teve a duração de 27 meses mas, sob seu comando, a comunidade e o estado islâmico foram consolidados.


    Disse o Profeta Muhammadsaws2.gif (1107 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejamcom ele), sobre Abu bakr R.A :

"Se eu tivesse que ter um amigo além do meu Senhor, esse alguém seria Abu Bakr"

Adaptado de: www.islamemlinha.com


23
Mar 07

Abu Al Hasan Ali Bin Sahl Rabban Al Tabari

 

Al Tabari

 

Este Hakim era o tutor do médico Zakariya Al Razi, a sorte favoreceu o seu discípulo, mais do que o professor nos termos de celebridade, em comparação a Razi os povos sabem muito pouco sobre seu professor Ali.

O sobrenome de Rabban mais conhecido como Ali era Abu Al Hasan, o seu nome completa era Abu Al Hasan Ali Bin Sahl Rabban Al Tabari, nasceu em 838, seu pai Sahl era de uma respeitável família judia.

O notabilidade e a simpatia inerentes em sua natureza, fez com que ele conquistasse um grande respeito entre os seus compatriotas, sendo que assim começaram a lhe chamar de Rabban que significa " meu líder ".

Profissionalmente seu pai Sahl era um médico extremamente bem sucedido, foi um especialista na arte da caligrafia, além disso teve uma contribuição profunda nas disciplinas da astronomia, da filosofia, da matemática e da literatura.

Alguns artigos do livro Al Mijasti de Batlemus vieram a ser resolvidos, com a perícia dos estudos de Sahl, tradutores que o precedem, ainda não tinham resolvido o mistério.

Al Tabari recebeu sua instrução nas disciplinas da ciência e da caligrafia, e os ensinos da medicina, aprendeu de seu pai Sahl, sendo que desta maneira alcançou a perfeição nestes campos, tinha o domínio a língua Síria e da Grega, o que o ajudou a aumentar ainda mais os seus conhecimentos.

Al Tabari descendia de uma família de Israelitas, desde que abraçou o Islam, é classificado como um dos maiores cientistas da história do Islam.

Uma de suas obras Firdous Al Hikmat, está divido em sete partes, Firdous Al Hikmat é a primeira enciclopédia, em que um médico incorpora todas as filiais da ciência médica em suas páginas.

Este trabalho foi publicado somente neste século (XX), antes desta publicação somente cinco de seus manuscritos, eram encontrados dispersadamente nas bibliotecas do mundo.

O Dr. Muhammad Zubair Siddiqui comparou e editou os manuscritos, em seu prefácio forneceu informações extremamente úteis a respeito do livro e as notas do autor.

Mais tarde este trabalho original foi publicado com a cooperação de instituições inglesas e alemãs.

A seguir a obra de Al Tabari em sete partes:

1. Parte: Kulliyat-i-Tibb; esta parte joga a luz da ideologia contemporânea da ciência médica, foram estes princípios que deram forma à base da ciência médica.
2. Parte: Elucidação dos órgãos do corpo humano, regras para manter uma boa saúde, e um trabalho clínico detalhado de determinadas doenças musculares.
3. Parte três: Descrição do exame da dieta a ser feita em condições de saúde e de doença.
4. Parte: Todas as doenças da cabeça aos pés. Esta parte é de um significado profundo, o livro inteiro esta dividido em 12 partes:

  1. causas gerais que relacionam-se a erupção das doenças;
  2. doenças da cabeça e as doenças do cérebro;
  3. doenças relacionadas ao olho, ao nariz, a orelha, a boca e aos dentes;
  4. doenças musculares, paralisia e espasmo;
  5. doenças das regiões da caixa torácica, da garganta e dos pulmões;
  6. doenças do abdômen;
  7. doenças do fígado
  8. doenças dos rins e do coração.
  9. doenças intestinais;
  10. tipos diferentes de febre;
  11. doenças variadas; explanação breve dos órgãos e do exame do corpo humano
  12. doenças do pulso e da urina, esta parte é a maior do livro e compreende quase que a metade do livro.

5. Parte: Descrição do sabor, do gosto e da cor.
6. Parte: Drogas e venenos.
7. Parte sete: Sobre tópicos diversos, discute o clima e a astronomia, contém também uma breve menção sobre a medicina Indiana.

Embora tenha escrito Firdous Al Hikmat em árabe, ele também traduziu-o simultaneamente em Sírio.

Há outras duas mais compilações suas, Din-u-Doulat e Hifdh Al Sihhat, este último está disponível em um manuscrito na biblioteca da universidade de Oxford.

Além da ciência médica, era também um mestre da filosofia, da matemática e da astronomia, Al Tabari morreu por volta de 870.


Salams
Uma jovem (
Angela Collins) converte-se ao islão, veja toda esta história que passou na tv. Sabe-se que 20.000 americanos converte-se ao islão todos os anos.



22
Mar 07
Salams,
Opinem sobre isto, um vídeo humorista, talvez:



20
Mar 07

Quem é que não se lembra das equações de 2ºgrau? eu lembro-me perfeitamente, pois... Foi ele que a inventou....

 


Os termos álgebra e algoritmo estão interligados com o seu nome.

Abu Abdullah Muhammad Ibn Musa Al-Khwarizmi


 

Al-Khwarizmi

 

O Fundador Da Álgebra

Abu Abdullah Muhammad Ibn Musa al-Khwarizmi , nasceu em Khawarizm (Khiva), no sul da cidade do rio Oxus no Uzbequistão actual, os seus pais migraram para um lugar ao sul de Bagdad quando era criança, a data exacta de seu nascimento não é conhecida.

Viveu na época do califa Abássida Al Ma'mum, no século IX da era cristã, sabe-se que ele morreu em 846, trabalhou na biblioteca formada por Harum Ar Rachid pai de Al Ma'mum, denominada casa da ciência, na qual foram reunidas todas as obras científicas da antiguidade.

Era a época das grandes traduções para o Árabe das ciências gregas, hindus, persas, etc.  O seu livro que eternizou o seu nome é o Kitab Al Mukhtassar Fi Hissab Al Jabr Wal Mukabala (livro do cálculo Algébrico e confrontação), que não somente deu o nome de Álgebra a está ciência, em seu significado moderno, mas abriu uma nova era da matemática.

Al Khawarizmi estabeleceu seis tipos de equações algébricas que ele mesmo solucionou no seu livro, o nome de Al Khawarizmi, em espanhol ''guarismo'', que ao passar para o francês se tornou logarithme, deu origem ao termo moderno Logaritmos.

Al Khawarizmi foi o primeiro a escrever sobre a álgebra, depois dele veio Abu Kamil Shuja Ibn Aslam, muitos outros seguiram os seus passos,  o seu livro sobre os seis problemas de álgebra é um dos melhores sobre este assunto, muitos autores da Andaluzia fizeram bons comentários sobre o seu livro, sendo um dos melhores exemplos o de Al Qurashi.

Enfim, grandes matemáticos do oriente muçulmano aumentaram o número de equações de seis para vinte, para todas acharam soluções fundadas em sólidas demonstrações geométricas.

A incógnita nas equações algébricas era denominada pelos matemáticos muçulmanos como ''xay'' (coisa), notadamente na álgebra de Ômar Khayyam, que ao ser transcrita xay pelos espanhóis, deu origem ao X da álgebra moderna.

Outra obra de Al Khawarizmi que exerceu grande influência é a introdução do cálculo hindu no mundo islâmico, o que posteriormente foi ampliado e aprofundado por outros matemáticos muçulmanos que o seguiram.

Devem-se também a Al Khawarizmi um tratado de geometria, tábuas astronómicas e outros trabalhos em geografia, como o seu livro Suratul Ardh (imagem da Terra).

Al Khawarizmi foi um dos astrónomos que participaram na operação Geodésica mais delicada da sua época; a medição do comprimento de um grau terrestre, isso já no século IX, o objetivo era determinar, na suposição de que a terra era redonda, o tamanho desta e sua circunferência.

A operação realizada na planície ao norte do Eufrates e também perto de Palmira, indicou 91.176 metros como comprimento de um grau do meridiano, um resultado extremamente acurado, pois excede o comprimento real do grau nesse lugar de apenas 877 metros, ele foi e sempre será uma das maiores capacidades cientificas do Islão.


17
Jan 07
O banco Efisa acredita que há muitas oportunidades na Índia para as empresas portuguesas. Devem apostar em nichos de mercado e nas parcerias certas.

Paula Alexandra Cordeiro com Silvia de Oliveira

  As relações do Banco Efisa com a Índia são antigas e, por isso, a instituição financeira tem desen volvido algumas operações importantes naquele país de mais de mil milhões de habitantes. Em entrevista ao Diário Económico, o presidente do banco, Abdool Vakil, recorda que pela força das suas origens e pela ligação que tem com inúmeros empresários locais, acompanha de “perto a economia e a sua evolução”.  Em parceria com o TAIB Bank, do Bahrain, lançaram um fundo ‘private equity’, cujo montante subscrito se elevou a 154 milhões de dólares (cerca de 119 milhões de euros) e serviu para investir em sectores como ciências da vida, novas tecnologias, distribuição, media, entre outros.


O banco já trabalha com a Índia. De que forma o Efisa apoia as operações financeiras fora de Portugal?
O Banco Efisa é um banco de investimentos, cujo principal negócio é prestar serviços de assessoria financeira especializada, muitas vezes envolvendo soluções de engenharia financeira com alguma sofisticação. Tem, assim, oportunidade de apresentar aos seus clientes ou potenciais clientes essas oportunidades de negócios em determinados países, com vista a dar o seu contributo para os projectos de expansão internacional dessas empresas. Também aparecem oportunidades, quer directamente, quer, como acontece muitas vezes, através de instituições homólogas desses países. É uma actividade típica das suas competências em áreas de ‘corporate finance’ e, em especial, de fusões e aquisições.

Quais os investimentos em que tem participado?
Uma das operações importantes em que o Banco Efisa esteve envolvido na Índia foi em parceria com o TAIB Bank, do Bahrain, com quem mantemos relações privilegiadas, e de cujo conselho de administração faço parte. Dada a presença deste banco na Índia, surgiu a ideia de lançar, gerir e colocar o ‘Leverage Índia Fund’ (LIF). Este fundo, tendo sido inicialmente pensado em vir a fechar com um montante de 60 milhões de dólares, teve tal procura por parte de investidores internacionais que acabou por fechar em 154 milhões. É  o segundo maior fundo de ‘private equity’ da Índia que está a ser gerido, no seu dia-a-dia, pelo ILF&S que é uma empresa do ramo financeiro cotada na Bolsa de Mumbai [Bombay Stock Exchange]. O propósito da montagem desse fundo foi o de realizar 15 a 20 investimentos na Índia, num espaço de 2 a 3 anos, e sob a forma de ‘equity’ ou em instrumentos relacionados com ‘equity’, tendo como alvo empresas que tenham características essenciais em termos de potencial de crescimento elevado, um historial de ‘cash-flow’ estável e consistente e que necessitem de fundos para apoiar a sua expansão. O LIF está já na fase de ter cumprido na totalidade com o seu programa de investimentos e terá um retorno muitíssimo interessante.

Em que sectores investiu o fundo?
Os sectores em que foram realizados os investimentos são empresas, entre outras, das áreas das ciências da vida, tecnologias de informação (TI) e serviços ligados a TI, retalho, logística, distribuição, media, telecomunicações e infra-estruturas. Este fundo e o relacionamento que criou com as diversas empresas e com outras que com elas têm ligação fez com que tenhamos uma inimaginável rede de contactos e de relações comerciais relevantes e cheias de potencial na Índia.

O banco coloca a hipótese de vir a abrir um escritório de representação na Índia?
O Banco Efisa não tem ainda um escritório de representação na Índia, mas não é por esse facto que temos tido menos actuação naquele mercado. Temos, como referi, contactos com instituições diversas que nos aportam negócios e temos a aludida relação com o TAIB Bank que tem presença na Turquia, Cazaquistão e Índia e, ainda, escritórios em Londres e Nova Iorque. Nós temos um escritório de representação em Londres, partilhando instalações com o TAIB Bank e, por essa via, chegamos a muitos mercados, nomeadamente o da Índia. No entanto, e embora por enquanto não se justifique, não é de excluir que um dia o Banco Efisa venha a estabelecer um escritório na Índia.

Quais as expectativas para o mercado indiano?
Com o dinamismo da sua classe empresarial e com a visão clara das suas classes dirigentes, a Índia apresenta-se como um caso bastante interessante em termos de oportunidades de negócios em que é desejável uma parceria, por exemplo, com a União Europeia em que Portugal se inclui. Os níveis relativamente altos de crescimento na última década e o que é expectável de uma forma sustentável para os próximos anos, faz com que a Índia apresente imensas oportunidades para investimentos a fazer por entidades internacionais.

Como podem as empresas portuguesas tirar partido de um mercado como o indiano?
Há muitas oportunidades para empresas portuguesas trabalharem na Índia. Claro que há muitos concorrentes, de muitos outros países, e por isso há nichos específicos em que nos podemos colocar e o Banco Efisa, com as parcerias que tem na Índia, está habilitado para aconselhar as empresas portuguesas sobre oportunidades que existem e para as acompanhar na concretização com sucesso dos projectos a levar a cabo naquele país. Não temos dúvidas do sucesso que as empresas portuguesas poderão conseguir na Índia fazendo as parcerias certas com empresas de alguns países, igualmente interessados na Índia e naqueles países emergentes, numa cooperação do tipo Sul-Sul em que estamos certos de vir a adicionar valor de uma forma muito eficaz. Se tivemos nestes últimos anos tão boas experiências na Índia, não há razão para outras empresas portuguesas não terem os mesmos resultados.


Perfil:  Abdool Vakil
Licenciado em Finanças pelo ISEG, Abdool Vakil  fez carreira nos sectores privado e público de Moçambique e Portugal, tendo-se, mais tarde, concentrado na banca. Passando pelo Banco de Portugal, Ministério das Finanças, administração do Manufacturers Hanover, direcção do Banco Nacional Ultramarino, decidiu criar, em 1984, a Gemini Financial. Dez anos depois, Vakil regressa a Portugal para criar o Efisa. É presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa e pertence a outras entidades fora da banca.


Efisa presta assessoria a vários sectores
Para além do fundo LIF, o Banco Efisa tem-se envolvido no desenvolvimento de outros projectos, conseguindo montar linhas de financiamento importantes. A instituição prestou assessoria a uma multinacional com presença em Portugal. Essa mesma empresa acabou por assinar um contrato com uma empresa indiana para fornecimento de equipamentos para uma central eléctrica,  no montante de 38,6 milhões de euros. Por outro lado, o banco tem estado envolvido na colocação de capital de diversas empresas indianas – da área das TI – junto de investidores internacionais, tendo, neste momento, atingido já um montante agregado que se aproxima dos 386,5 milhões de euros. O banco liderado por Abdool Vakil conseguiu que  uma empresa indiana da área das TI adquirisse uma participação financeira numa empresa alemã de ‘software’.
Os responsáveis da instituição financeira lembram ainda que, há alguns anos, foram assessores de uma empresa indiana de engenharia que apresentou uma proposta vencedora para a adjudicação das obras de construção de um gasoduto num dos Emirados do Golfo. Nesse contexto, o Banco Efisa montou com sucesso um financiamento de 20,8 milhões de euros.


Índia excluída dos mercados-alvo do BCP
Paulo Teixeira Pinto, presidente do BCP, está, neste momento, na Índia, no âmbito da visita do Presidente da República àquele país, sendo que não existe, neste momento, qualquer projecto do banco para entrar no mercado indiano. “Estamos focados nos nossos mercados prioritários, que são a Polónia, a Grécia, Moçambique, Angola, Turquia, Estados Unidos e Portugal”, adiantou ao Diário Económico fonte oficial do maior banco privado português.
Ainda assim, o banco não descarta a possibilidade de participar, como financiador, em operações que envolvam empresas portuguesas, ou a convite de outras entidades com quem mantenha relações privilegiadas.


BES atento aos negócios de ‘project finance’
O BES não tem qualquer presença física na Índia, ainda que admita vir a estudar o envolvimento em operações de ‘project finance’. Ricardo Salgado, presidente executivo do banco, também integra a comitiva de Cavaco Silva, tendo adiantado, ontem, ao “Jornal de Negócios” que “dentro da globalização que o mundo está a atravessar, a Índia pode cruzar interesses com os portugueses de forma significativa no Atlântico Sul, quer do lado da América Latina, quer do lado de África”.
A estratégia de internacionalização do BES assenta num triângulo atlântico, cujos vértices correspondem a Espanha, Brasil e Angola.


Angola domina internacionalização do BPI
O BPI não detém qualquer presença no mercado indiano, nem tal está nos seus horizontes. A estratégia de internacionalização do banco liderado pela dupla Artur Santos Silva e Fernando Ulrich é dominada pela operação em Angola, onde o banco é dono de uma das maiores instituições do país.
Ainda assim, o BPI, que também integra a comitiva de Cavaco Silva, entende ser importante manter-se atento ao desenvolvimento da Índia, não descartando a possibilidade de poder vir a participar, como banco financiador, em eventuais operações de ‘project finance’. Integra a comitiva de Cavaco Silva Artur Santos Silva, ‘chairman’ do BPI e presidente da Cotec.


CGD com representações em Bombaim e Goa
A CGD é o único dos quatro maiores bancos portugueses que possui representações na Índia, mais concretamente em Bombaim e Goa. A presença do banco público naquele país remonta à década de 50, através do BNU, tendo sido interrompida em 1961, ano em que se verificou a anexação dos territórios portugueses de Goa, Damão e Diu.
Posteriormente, em 1999, a CGD regressou, através de duas representações nas cidades de Bombaim e Goa. O principal objectivo é apoiar o investimento indiano em Portugal, bem como as trocas comerciais entre os dois países.
A CGD está presente em 22 países, sendo de destacar a operação em Espanha.


Banif considera a Índia um mercado em explosão
Horácio Roque, presidente do grupo Banif, integrou a viagem do Presidente da República à Índia, embora o grupo financeiro não tenha qualquer presença naquele país. Em declarações ao Diário Económico, Roque classificou a viagem como “exploratória”, revelando que a Índia é “um mercado em explosão”. Sem adiantar as intenções do grupo em relação ao mercado indiano, certo é que o Banif tem vindo a desenvolver e a reforçar a sua actividade a nível internacional. No final de 2006, contava com  351 pontos de venda, distribuídos por Portugal, Brasil, EUA, Reino Unido, África do Sul, Canadá, Venezuela, Ilhas Cayman e Bahamas. Em breve, poderá revelar novidades sobre a entrada em Espanha.

Diário  Económico

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