Dada a diversidade de ideologias e orientações políticas dos fiéis, uma vez que os peregrinos chegam de todo o planeta e pertencem a diferentes ramos do Islão, o Governo saudita advertiu que não permitirá que os conflitos políticos ou sectários passem para as terras santas.
«A peregrinação é só para peregrinar. Esperamos que isto fique claro», disse o ministro do Interior, o príncipe Nayef Bin Abdelaziz.
As advertências do príncipe foram feitas depois de terça-feira revistar todos os dispositivos policiais destacados para garantir a segurança dos peregrinos.
As autoridades sauditas adoptaram, por outro lado, várias medidas para evitar incêndios ou avalanchas de pessoas como os que ocorreram nos últimos anos e que provocaram a morte a centenas de fiéis durante a peregrinação.
«Grande parte da milícia islâmica está fora de jogo», afirmou Zenawi, durante uma conferência de imprensa para falar sobre a ofensiva etíope na Somália, iniciada domingo.
Zenawi reiterou que as tropas etíopes vão sair da Somália quando a sua missão estiver completa.
«Já completamos metade da missão durante os últimos dias. Assim que a outra metade estiver completa saímos dali», acrescentou.
A Etiópia, que apoia o Governo de transição somali, iniciou a ofensiva para combater os milicianos islâmicos que tentaram infiltrar-se em território etíope, numa zona maioritariamente muçulmana.
Zenawi disse também que dados de hospitais somalis apontam para a existência de três mil feridos.
O primeiro-ministro etíope disse também que a maioria das forças que estão a atacar as tropas da Etiópia e do Governo da Somália são efectivos do Exército da Eritreia e mujaidines.
Peritos regionais defendem que a Etiópia tem na Somália mais de 10 mil efectivos, enquanto a Eritreia, vizinho e inimigo da Etiópia que apoia os tribunais islâmicos, tem dois milhares de soldados.
Os três países (Etiópia, Eritreia e Somália) estão situados no Corno de África, a zona mais vulnerável do continente africano.
Diário Digital / Lusa
Na área de combates, a cidade mais importante da qual os milicianos islâmicos se retiraram nas últimas horas é Burhakaba, 60 quilómetros de Baidoa, sede do Governo de transição da Somália, apoiado pela Etiópia.
Retiraram-se também de Dinsoor (120 Quilómetros a sudoeste de Baidoa).
Outros confrontos registaram-se em diferentes pontos da área de combates, que se estende por 700 quilómetros ao largo da fronteira com a Etiópia.
O movimento de tropas regista-se um dia depois de aviões etíopes terem bombardeado o aeroporto de Mogadíscio, o principal, controlado pelas Cortes islâmicas da Somália, e um outro terminal aéreo situado a 100 quilómetros da capital .
A Etiópia lançou a ofensiva para travar o que qualificou de «infiltrações» de milicianos islâmicos em seu território. O Governo de Adis Abeba teme que os milicianos islâmicos se estendam pela zona leste da Etiópia, onde há uma forte presença muçulmana.
Fora do teatro de operações, a União Africana (UA) anunciou segunda-feira à noite a realização, na quarta-feira, de uma reunião internacional, destinada a encontrar uma solução para evitar uma possível extensão do conflito armado, que se regista na Somália.
O anúncio foi proferido pelo presidente da Comissão da UA, Alpha Konare, que adiantou que a reunião se realizará na capital etíope, sede da organização continental.
Diário Digital / Lusa