Eu não compensei este fim-de-semana todo o trabalho de posts que devia ter feito, mas a razão é simples e cruél, estou "atolado" de exames pela frente e a possibilidade de criar um post com conteúdo tem sido difícil. Mas isso não quer dizer que que estarei ausente do site, muito pelo contrário, tenho a certeza que acabarei por ter uma certa vontade de cá vir para escrever sobre Esta Magnífica Religião que é o nosso Islão.
Deixando esses assuntos à parte, soube-se que o repórter Sudanês da Al-Jazeera foi libertado esta semana. Aliás o próprio cana tem focado este assunto muito nos últimos tempos e agora com a libertação, por assim dizer, não se fala noutra coisa.
Eu acho que se devia fazer o contrário? Foi libertado e cala-se? Não, definitivamente não. Existe um longo processo a partir de agora de tentar apurar ainda melhor o que se passa em Guantanamo, com cada vez mais pessoas inocentes a serem libertadas.
À poucos dias, passou na Sic Notícias um programa, não me recordo se era o "Toda a Verdade" ou o "60 minutos", em que havia um convertido ao islão que foi de viagem ao Paquistão para aprofundar os seus estudos. O facto é que quando estava a ir embora desse país, e pelos polícias terem notado que "havia um estrangeiro integrado em paquistaneses", rapidamente prenderam-no e aquele foi enviado para o Afeganistão, misturado com possíveis terroristas talibãs e foi enviado para Guantanamo. Praticamente só 7 anos depois foi libertado. Perdeu toda uma vida, perdeu a mulher que entretanto casou-se e muito mais.
Voltando ao assunto temático, Sami Al-Hajj denuncia as condições "extremamente difíceis" e os insultos ao Islão naquela prisão.
"Havia várias violações. Éramos privados de rezar e havia (...) insultos deliberados contra o Livro Santo (Corão)", declarou à Al-Jazeera Sami al-Haj, no Hospital de Cartum.
Haj chegou a Cartum num avião militar norte-americano, juntamente com outros ex-prisioneiros sudaneses em Guantanamo.
Há sete anos que estava preso, pelo que não conhecia, até agora, o filho, da mesma idade.
Capturado em Dezembro de 2001 na fronteira afegã pelos militares paquistaneses, Sami al-Haj foi detido em Guantanamo.
Nunca foi, porém, condenado, pelo que várias organizações de defesa dos diretios do Homem se mobilizaram contra o caso.
"Temos o direito de verter lágrimas de alegria depois desses difíceis anos de humilhação, perseguição e injustiça que vivemos sem nehuma razão, excepto por acreditarmos no Senhor Todo Poderoso", declarou.
Interrogado pela Agência France Press, o irmão do repórter de imagem comentou:
"Não acreditamos que seja a mesma pessoa. Tem 30 e tal anos e parece ter 90. Exigimos às organizações humanitárias que enviem uma equipa de especialistas dignos de confiança de Cartum para que procedam aos exames e análises necessários".
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