O juiz espanhol Baltasar Garzón ordenou a prisão preventiva de sete das onze pessoas detidas na semana passada em Ceuta, Espanha, por suspeita de ligações com a rede terrorista da al-Qaeda.

As onze pessoas, dez espanhóis e um marroquino, detidas durante a denominada ‘Operação Duna’, pertenciam ao Grupo de Combate Islâmico Salafista marroquino, um ramo da rede terrorista liderada por Osama bin Laden.O grupo, que recrutava jovens muçulmanos nas mesquitas, pretendia passar do “discurso fanático à acção”. Os jovens eram instruídos para fazer a ‘jihad’, ou seja, a ‘guerra santa’. Embora o grupo estivesse ainda numa fase “muito embrionária” da sua formação, estava já a planear ataques contra uma feira ou um supermercado – acções que tanto poderiam acontecer em Ceuta como no território europeu espanhol. Essas detenções surgem numa altura em que a Justiça espanhola se prepara para julgar 29 pessoas, na sua maioria marroquinos, acusados dos atentados aos comboios na estação de Atocha, Madrid, a 11 de Março de 2004, que mataram 191 pessoas.
Carlos Menezes com agências/ Correio da Manhã