A árabe Amal Abdulá al-Qubeisi se tornou a segunda mulher deputada nas conservadoras monarquias árabes do Golfo Pérsico, ao ser escolhida nas eleições realizadas hoje nos Emirados Árabes Unidos (EAU).
A bareinita Latifa al-Gauod tinha sido escolhida deputada nas eleições realizadas em novembro no vizinho Barein, que junto com os EAU, Arábia Saudita, Kuwait, Catar e Omã, integram a rica aliança petrolífera do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).
A maioria da população desses países é conservadora e em geral ainda não aceita a plena participação das mulheres na vida política.
As eleições de hoje, consideradas mais um passo rumo à democracia na região, são as primeiras da história dos Emirados desde a independência do país, em 1971, e acontecerão em três fases nos sete estados que compõem a Federação.
Hoje as eleições foram realizadas em Abu Dhabi (cidade-Estado capital dos EAU) e Fuyaira. Na segunda e na quarta-feira da próxima semana acontecerão em Dubai (centro comercial da região), Sharja, Ajhman, Um-Quain e Ras el-Jaima.
Nas três fases eleitorais, cerca de 450 candidatos, incluindo 60 mulheres, disputam as 20 cadeiras em jogo do Conselho Nacional Federal (CNF), que é o núcleo do futuro Parlamento.
Os outros 20 assentos do Conselho serão designados pelos governantes dos sete estados da Federação, dependendo da cota de cada um deles no CNF.
Além de Amal Abdulá al-Qubeisi, outros três deputados foram eleitos hoje em Abu Dhabi e dois em Fuyaira, onde os governantes dos dois emirados designarão mais tarde outras seis pessoas para completar as 12 cadeiras dos dois estados no CNF.
As autoridades insistem em que as eleições representam apenas o primeiro passo em um longo processo de reformas políticas e sociais que serão introduzidas no país de forma gradual em "um futuro próximo".
A emenda à Constituição para permitir a eleição totalmente democrática dos membros do CNF, ampliar seus poderes e aumentar a participação popular na tomada de decisões serão as prioridades do próximo Conselho, segundo tinha prometido o presidente dos EAU e governante de Abu Dhabi, xeque Jalifa bin Zayed al-Nahyan.
O governante de Fuyaira, xeque Hamad bin Mohammed al-Sharqi, também defendeu hoje as eleições como "um primeiro passo" rumo ao fortalecimento da democracia, e elogiou o "comparecimento dos eleitores às urnas e sua insistência em praticar seu direito eleitoral", informou a agência nacional de notícias, "WAM".
A votação aconteceu sem incidentes, entre as 8h (2h de Brasília) e as 19h (13h de Brasília) em Abu Dhabi e Fuyaira, onde as autoridades não anunciaram a percentagem de participação.
Os EAU, um país estável, moderno e com a economia mais dinâmica do Golfo e de todo Oriente Médio, tem cerca de 4,3 milhões de habitantes, dos quais 800 mil são cidadãos e o resto são trabalhadores estrangeiros, em sua maioria asiáticos (filipinos, paquistaneses e iranianos).
Dos 800 mil árabes, apenas 6.700 têm direito de participar das eleições; 15% deles são mulheres, todas elas nomeadas pelos governantes dos sete estados da Federação.
Entre os seis países do CCG, apenas o Kuwait tem um Parlamento completamente eleito pelo povo, e há vários meses permitiu que as mulheres participassem das eleições.
Arábia Saudita, Omã e Catar ainda têm Conselhos de Shura (consultivos), que não têm poder legislativo.
A maioria da população desses países é conservadora e em geral ainda não aceita a plena participação das mulheres na vida política.
As eleições de hoje, consideradas mais um passo rumo à democracia na região, são as primeiras da história dos Emirados desde a independência do país, em 1971, e acontecerão em três fases nos sete estados que compõem a Federação.
Hoje as eleições foram realizadas em Abu Dhabi (cidade-Estado capital dos EAU) e Fuyaira. Na segunda e na quarta-feira da próxima semana acontecerão em Dubai (centro comercial da região), Sharja, Ajhman, Um-Quain e Ras el-Jaima.
Nas três fases eleitorais, cerca de 450 candidatos, incluindo 60 mulheres, disputam as 20 cadeiras em jogo do Conselho Nacional Federal (CNF), que é o núcleo do futuro Parlamento.
Os outros 20 assentos do Conselho serão designados pelos governantes dos sete estados da Federação, dependendo da cota de cada um deles no CNF.
Além de Amal Abdulá al-Qubeisi, outros três deputados foram eleitos hoje em Abu Dhabi e dois em Fuyaira, onde os governantes dos dois emirados designarão mais tarde outras seis pessoas para completar as 12 cadeiras dos dois estados no CNF.
As autoridades insistem em que as eleições representam apenas o primeiro passo em um longo processo de reformas políticas e sociais que serão introduzidas no país de forma gradual em "um futuro próximo".
A emenda à Constituição para permitir a eleição totalmente democrática dos membros do CNF, ampliar seus poderes e aumentar a participação popular na tomada de decisões serão as prioridades do próximo Conselho, segundo tinha prometido o presidente dos EAU e governante de Abu Dhabi, xeque Jalifa bin Zayed al-Nahyan.
O governante de Fuyaira, xeque Hamad bin Mohammed al-Sharqi, também defendeu hoje as eleições como "um primeiro passo" rumo ao fortalecimento da democracia, e elogiou o "comparecimento dos eleitores às urnas e sua insistência em praticar seu direito eleitoral", informou a agência nacional de notícias, "WAM".
A votação aconteceu sem incidentes, entre as 8h (2h de Brasília) e as 19h (13h de Brasília) em Abu Dhabi e Fuyaira, onde as autoridades não anunciaram a percentagem de participação.
Os EAU, um país estável, moderno e com a economia mais dinâmica do Golfo e de todo Oriente Médio, tem cerca de 4,3 milhões de habitantes, dos quais 800 mil são cidadãos e o resto são trabalhadores estrangeiros, em sua maioria asiáticos (filipinos, paquistaneses e iranianos).
Dos 800 mil árabes, apenas 6.700 têm direito de participar das eleições; 15% deles são mulheres, todas elas nomeadas pelos governantes dos sete estados da Federação.
Entre os seis países do CCG, apenas o Kuwait tem um Parlamento completamente eleito pelo povo, e há vários meses permitiu que as mulheres participassem das eleições.
Arábia Saudita, Omã e Catar ainda têm Conselhos de Shura (consultivos), que não têm poder legislativo.
Agência EFE/ Último Segundo