18
Mar 08
Salams.

Nos dias de hoje, se perguntár-mos a qualquer pessoa, qual a religião mais evoluída, a resposta será certamente o Cristianismo ou talvez o Judaísmo, mas tenho quase a certeza que ninguém diria que é o islão. Talvez a pessoa a dizer isso, seria eu.

Simplesmente, o que estou a tentar explicar é a minha posição em relação a este tema tão falado de "Islão sempre atrasado", que nunca consegui compreender o que significava. Eu estou certo que este Islão de que se fala deriva do facto das pessoas verem diariamente nos noticiarios e nos jornais notícias de ataques suicidas e de bombas que caem aqui e ali, de revoltas incompreensíveis por parte dos muçulmanos por assuntos tão naturais nos dias de hoje, por acções nunca pacíficas por parte do Islão. É certo, isto é tudo verdade, mas isto é só aquilo que dá notícia, é só aquilo que pode aumentar as audiências pois existe a grande maioria de muçulmanos não radicais que não interessam nas notícias, essa facção, essa parte, é a que segue melhor o Islão, já que o Islão sempre se adaptou aos tempos que passaram sendo sempre considerado a religião mais pura e mais pacífica. E falo dos séculos XVII a XIX, falo até dos primórdios do islão, onde aí seria considerado pelos "outros" a religião mais avançada em todos os termos que podíamos apresentar.

Uma das coisas que todos os muçulmanos que estão no islão sabem é que existiram 124.000 profetas antes de Muhammad S.A.W (que a paz esteja com ele)  e que Ele foi o último mensageiro.

Então, vocês podem pergunta-se: Mas porque é que não houve uma continuação dos profetas? Porque é que não houve só um profeta? Porque é que deixou de haver profetas?

E eu dir-vos-ia, que cada profeta teve um povo, e coube a esse profeta encaminhar esse povo segundo o estado evolucional em que se encontrava. Nessa altura, não houve Alcorão nem outro livro que guiasse os povos, simplesmente a palavra de Allah transmitida ao mensageiro que transmitia por seu turno ao seu povo, de modo a que este se adaptasse e conseguisse evoluir da melhor forma. E Allah posteriormente enviou o seu último mensageiro, mas este mensageiro trazia consigo o Alcorão, um livro que durará para sempre como a base moral do Islão e um livro que nunca poderá ser alterado, mas para que o islão não deixasse de acompanhar a evolução quer em termos sociais ou tecnológicos, Allah deixou-nos determinadas coisas como o Ijtihad, Ijma e Qeyas.(assuntos que serão abordados brevemente, podem clicar nos links para verificar do que se trata). Estas "ferramentas" permitem assim que o povo de Muhammad S.A.W. possa estar sempre a seguir a evolução que necessitar, e mesmo assim o Profeta deixou ou Califas, mas que deixaram de existir. E essas "ferramentas" têm e tiveram um interessante e grande uso no  presente e no passado.

Tomemos como exemplo a questão da escravidão, que era parte integral da sociedade quando o profeta Muhammad  S.A.W esteve na terra, mas  Allah, sabendo o que podia acontecer se  abolisse  a escravidão e sabendo o que podia acontecer se  a escravidão fosse totalmente aceite no islão, simplesmente desencorajou a escravidão no Alcorão, mas dizendo que um grande acto de um ser humano, seria libertar esses escravos, mesmo que os tivesse que os comprar.

Agora, regressando novamente a um passado mais recente, surgem as palavras tecnologia, rádio, televisão, internet. Os Mullahs que existem no islão a princípio aboliram nas suas comunidades esse tipo de coisas, mas houveram outros muçulmanos que aderiram a essas novas tecnologias de informação e comunicação percebendo as vantagens do seu uso e mesmo na propagação da religião.

A pouco e pouco, todos os muçulmanos aderiram a esses meios, sabendo que permitiriam o desenvolvimento económico das populações e uma melhor qualidade de vida. Todos, hoje, excepto em casos extremos, concordam nos benefícios que a rádio, internet e televisão trouxeram na propagação das boas recomendações no islão, calculando que os malefícios seriam sempre menores que os benefícios. O facto é que neste caso demorou a perceber, mas que se conseguiu e se consegue acompanhar agora a evolução, consegue-se.

Já mudaram de opinião? O Islão já não é "atrasado"? Gostava muito  de ouvir os vossos  comentários para debatermos ainda melhor este assunto.

Salams

Salams.

Não sei se já alguma vez estiveram num Zikr a lembrar intensamente Allah e os seus Profetas e a sentir a frescura depois disso. Eu já, e posso-vos garantir que assim o é.

Nos meus Favoritos do RSS costumo ter um blog que é Sunni e que apresenta interessante conteúdos sobre o Din e sobre o Islam. Desta vez, apresentou um ficheiro áudio com o zikr que é rezado nas sextas feiras à noite:


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