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Out 07
Salams, lembram-se do 99.org? E do post que fizémos sobre isso?

Pois então, descubram mais algumas informação sobre esta B.D:





Todos sabemos que Clark Kent é a identidade "civil" de Super-Homem, ou que Bruce Wayne é a cara quotidiana de Batman. Mas quanto a Nawaf Al-Bilali, a coisa fia mais fino. Pista útil: sempre que Nawaf Al-Bilali espirra, destrói vários arranha-céus da cidade de Djeddah. E depois precisa de uns quantos quilos de kleenexes para limpar as fossas nasais.

Se ainda não adivinharam, eu conto: sob o nome de Jabbar, o Poderoso, Nawaf Al-Bilali é o primeiro de uma série de 99 super-heróis muçulmanos de uma banda desenhada intitulada Os 99, que acaba de ser lançada pela editora kuwaitiana Teshkeel, associada à Marvel americana.

Os 99 quer divertir e entreter, como sucede com todas as bandas desenhadas, mas segundo o seu criador, o kuwaitiano Naif Al-Mutawa, quer ainda contar a actualidade do mundo islâmico, porque se inspira "na cultura e nos valores muçulmanos".

Ex-psicólogo de um hospital no Kuwait reconvertido na literatura infantil e na banda desenhada (ficou tão deprimido depois de tratar prisioneiros iraquianos que se demitiu), Al-Mutawa, que viveu parte da sua vida adulta nos EUA, assegurou à AFP que a sua criação não pretende doutrinar ninguém. Isto porque todas as personagens de Os 99 são "tão religiosas como o Super-Homem. Não há menções a orações, ao profeta, nada disso".

Mais ainda: segundo a descrição do autor, Os 99 é tanto ou mais politicamente correcta do que qualquer equivalente americano, porque há um equilíbrio cuidadoso entre homens e mulheres. Além disso, muitos dos super-heróis, apesar de terem nascido em países muçulmanos, cresceram e foram educados em países como a França ou o Reino Unido.

Aliás, as personagens têm um aspecto tão ocidentalizado que o leitor mais distraído, ao olhar para uma capa da revista que publica as suas aventuras, poderia pensar tratar-se de um grupo de super-heróis "multiculturais" ocidentais.

Nenhum destes novos 99 super-heróis muçulmanos usa armas para combater as forças do mal e da injustiça. Cada um deles incarna um dos 99 atributos de Alá no Islão, e todos vão beber os seus superpoderes a outras tantas pedras preciosas da Bagdad do século XIII, quando a cidade estava no auge do seu poder, prestígio e prosperidade. "Para criar coisas novas, é preciso ir buscar às velhas", explica o autor.

Al-Mutawa teme o facto de que algumas autoridades islâmicas possam embirrar com a personificação dos poderes de Alá, ou com a combinação de arquétipos islâmicos e da palavra de Deus no Alcorão com figuras, mitologias narrativas e manifestações culturais tipicamente ocidentais. "Não espero que os fundamentalistas gostem da minha ideia", disse numa entrevista a uma publicação especializada americana.

Por agora, Os 99 já teve a aprovação da censura no Kuwait, e acaba também de ser lançado na Indonésia. Correm negociações para que seja editada proximamente na Malásia, na Turquia, em França e também nos EUA, a pátria dos super-heróis. Irão Clark Kent ou Bruce Wayne algum dia ser apresentados a Nawaf Al-Bilali? |


Esta notícia data de 20 de outubro



No Reino Unido, onde vive, a maioria da população nunca ouviu sequer falar dele. Mas, para a comunidade muçulmana, o nome Sami Yusuf é sinónimo de pop com mensagem religiosa. O seu primeiro disco, lançado em Julho de 2003 e intitulado Al-Mu'allim (O Professor), vendeu um milhão de cópias. Hoje à noite, na Wembley Arena, de Londres, será ele a grande vedeta do concerto beneficente pela paz no Darfur.

"Devoto muçulmano praticante", como se apresenta no seu website (www.samiyusuf.com), Yusuf tem abordado na sua música temáticas de carácter social e humanitário. No entanto, e apesar das sonoridades tradicionais que utiliza e do modo como canta (em árabe e inglês), não agrada a todos os crentes, havendo mesmo quem considere que os valores espirituais do Islão e os concertos pop à ocidental não combinam.

Descendente de uma família azeri com tradições musicais, Sami Yusuf nasceu em Teerão, a capital do Irão, em Julho de 1980, e foi viver para o Reino Unido ainda criança. Aprendeu a tocar vários instrumentos com o pai, cedo demonstrando grande interesse no canto e na composição. Acabou por estudar na Royal Academy of Music, de Londres, embora tenha ponderado a hipótese de se matricular em Direito porque queria fazer algo pelo Islão.

Em 2003, com Al-Mu'allim, saiu do anonimato e depressa se transformou num fenómeno musical do mundo muçulmano. Seguiu-se o álbum My Ummah, em Setembro de 2005, com videoclips como o de Hasbi Rabbi, disponível no YouTube, a contribuir para a divulgação da sua música pela Internet. O terceiro álbum é aguardado ainda este ano.

Além dos concertos em numerosos países (do Reino Unido aos EUA, Bósnia-Herzegovina, Arábia Saudita, Sudão, Alemanha, Suécia, Turquia ou Iémen), Yusuf - que há dois anos casou com uma alemã convertida à sua fé -, fundou a editora e produtora musical Awakening e passou um ano no Egipto para completar os seus estudos islâmicos. |


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