Trago-vos hoje um ficheiro PDF, que foi produzido para o Darul-ul-Uloom de Odivelas, e que contém algumas perguntas interessantes.
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A Vida de 'Ali
Ali R.A. era primo e genro do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), mais do que isso, ele havia sido criado na casa do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), mais tarde, casou-se com Fátima, a filha mais nova do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), e permaneceu próximo dele por cerca de trinta anos.
Ali R.A. tinha dez anos quando a mensagem chegou até o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), uma noite ele viu o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) e sua esposa Khadija, curvando-se e prostrando.
Ele perguntou ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) o que significava aquilo e o Profeta lhe disse que estavam rezando a Deus e que ele poderia também aceitar o Islam, Ali R.A. respondeu que gostaria primeiro de perguntar a seu pai a respeito da conversão.
Ele passou uma noite sem dormir e na manhã seguinte dirigiu-se ao Profeta e disse:
"Quando Deus me criou ele não consultou o meu pai, portanto, porque deveria consultá-lo para servir a Deus?"
E aceitou a verdade da mensagem do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) quando a ordem divina chegou "E admoesta os teus parentes mais próximos" (Alcorão Sagrado26:214), Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) convidou os seus pais para uma refeição. Quando terminou, dirigiu-se a eles e perguntou:
"Quem se juntará a mim pela causa de Deus?"
Por um instante, houve um silêncio completo e então Ali R.A. levantou-se.
"Sou o mais jovem de todos os presentes aqui, os meus olhos incomodam-me porque estão inflamados e as minhas pernas são finas e fracas, mas juntar-me-ei a ti e te ajudarei no que eu puder."
Os presentes riram dele, mas, durante as difíceis guerras em Makkah, Ali R.A. permaneceu fiel às suas palavras e enfrentou todas as dificuldades a que foram submetidos os muçulmanos.
Quando os coraixitas planejaram matar o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), foi a Ali R.A. que encontraram dormindo na cama do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), foi a ele que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), ao deixar Makkah, confiou os valores que estavam sob sua custódia para serem devolvidos a seus legítimos donos.
Ali R.A. lutou em todas as batalhas no início do Islam com grande distinção, especialmente na expedição a Khaybar, diz-se que na batalha de Uhud ele recebeu mais de dezasseis ferimentos.
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) tinha muito carinho por ele e chamava-o por diversos nomes afetuosos, certa vez o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) encontrou-o dormindo na poeira, ele escovou as roupas de Ali R.A. e disse carinhosamente; "levante-se Abu Turab (pai do pó)" também tinha o título de ''Asadullah'', o leão de Deus.
A humildade, austeridade, piedade, profundo conhecimento do Alcorão Sagrado e toda a sua sagacidade deram-lhe grande distinção entre os companheiros do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele).
Abu Bakr, Umar e Usman R.A. costumavam consultá-lo frequentemente durante seus califados, muitas vezes Umar R.a. o indicava como o vice-gerente em Madina quando se ausentava da cidade.
Ali R.A. também foi um grande exegeta da literatura árabe e pioneiro no campo da gramática e da retórica, os seus discursos, sermões e cartas serviram por gerações como modelo de expressão literária apesar dessa personalidade versátil, permaneceu um homem modesto e humilde.
Ali R.A.e os seus familiares viveram uma vida extremamente simples e austera algumas vezes passavam fome por causa da generosidade de Ali (que Deus esteja satisfeito com ele) e ninguém que pedisse por socorro ficava de mãos vazias, e não mudou, mesmo quando se tornou o governante de um vasto domínio.
Introdução
A Eleição de Ali
Depois do morte de Usman R.A., o cargo de califa ficou vago por dois ou três dias, muitas pessoas insistiam em que Ali R.A. deveria assumir a função, mas ele sentia-se perturbado pelo facto de que as pessoas que o estavam a pressionar eram os revoltosos e, por isso, ele recusou de início, quando os companheiros do Profeta insistiram com ele para que aceitasse, acabou por concordar.
O Califado de Usman
Durante o governo de Usman R.A., as características dos califados de Abu Bakr e de Umar R.A. de justiça imparcial para todos, políticas humanas e amenas, empenho no caminho de Deus e expansão do Islam, continuaram a existir.
Os domínios de Usman R.A. estenderam-se a Marrocos, Afeganistão e ao norte da Arménia e ainda ao Azerbaijão. Durante seu califado, a marinha foi organizada, as divisões administrativas do estado foram revisadas e muitos projectos públicos foram completados.
Usman R.A. enviou os mais proeminentes companheiros do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) com delegados a várias províncias para verificar a conduta dos oficiais e as condições do povo.
A sua mais notável contribuição para a religião islâmica foi a compilação de um texto completo do Alcorão Sagrado, muitas cópias foram feitas desse texto e distribuídas por todo o mundo muçulmano.
Usman R.A. governou por doze anos, os primeiros seis anos foram marcados por uma paz e tranquilidade internas, mas, na segunda metade de seu califado houve uma rebelião, os judeus e os magians, aproveitando a insatisfação entre as pessoas, começaram a conspirar contra Usman R.A., angariando tanta simpatia que se tornou difícil distinguir os amigos dos inimigos.
Pode parecer surpreendente que um governante de tão vastos territórios, cujos exércitos eram sem igual, fosse incapaz de lidar com aqueles rebeldes.
Se Usman R.A. tivesse desejado, a rebelião poderia ter sido esmagada logo no seu início, mas ele relutou em ser o primeiro a derramar o sangue de muçulmanos, ainda que revoltosos, mas muçulmanos. Ele preferiu persuadi-los com gentileza e generosidade, ele bem se lembrava do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) dizer:
"Uma vez que a espada seja desembainhada entre meus seguidores, ela não será embainhada até o Último Dia."
Os rebeldes pediram a sua renúncia e alguns dos companheiros aconselharam-no nesse sentido, certamente que ele teria seguido esse conselho, mas estava preso a um compromisso solene com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele).
"Talvez Deus o vestirá com uma camisa, Uthman"disse-lhe certa vez o Profeta:
"E se as pessoas quiserem tirá-la não permita."
Um dia, quando a sua casa estava cercada pelos revoltosos, Usman R.A. disse a um simpatizante do movimento:
"O Mensageiro de Deus fez um acordo comigo e eu mostrarei firmeza".
Após um longo cerco, os rebeldes entraram na casa de Usman R.A. e o assassinaram, quando a primeira espada atravessou seu corpo ele estava recitando o versículo
"...Deus ser-vos-á suficiente contra eles e Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo." (Alcorão Sagrado 2:137)
UsmanR.A. morreu na tarde de uma sexta-feira, aos oitenta e cinco anos, a fúria dos rebeldes era tão grande que seu corpo permaneceu insepulto até a noite de sábado, quando foi enterrado com as suas roupas sujas de sangue, a mortalha que convém a todos os mártires da causa de Deus.
Não respeitaram a sua velhice, a sua amizade com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), o seu apoio incomparável à causa do Islam nos momentos mais difíceis.
Disse o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) sobre Usman (que Deus esteja satisfeito com ele):
"Todo Profeta tem um auxiliar e o meu será Uthman"
Após a morte de Usman quem poderia substitui-lo???
(continua)
«Se algum homem-bomba se fizer explodir, ele teria toda a razão para o fazer a não ser que o governo britânico peça desculpa e retire o título de «cavaleiro» a Simon Rushdie, referiu esta segunda-feira o ministro dos Assuntos Religiosos do Irão, Mohammed Ijaz ul Haq citado pela Sky News.
«Este é o momento para 1.5 biliões de muçulmanos de todo o mundo se aperceberem da gravidade desta decisão», acrescentou salientando ainda que o «Ocidente está a acusar os muçulmanos de extremismo e terrorismo».
O Irão acusou o Reino Unido de insultar o Islão ao ordenar cavaleiro o escritor Salman Rushdie, autor da polémica obra «Versículos Satânicos», que lhe custou uma fatwa, lançada pelo Ayatollah Khomeini.
Segundo Mohammad Ali Hosseini, porta-voz do ministro dos negócios estrangeiros, a decisão de honrar o novelista é um atentado à sociedade islâmica, uma vez que Rushdie é «uma das figuras mais odiadas».
«Honrar e entregar uma comenda a essa figura odiosa coloca definitivamente os oficiais britânicos em confrontação com as sociedades islâmicas», disse, indo ainda mais longe nas acusações: «Este acto demonstra que o insulto aos valores sagrados do Islão não é acidental. É planeado, organizado, guiado e apoiado por alguns países ocidentais».
Portugal Diário
A Aliança das Civilizações é o tema central do seminário «Aliança de Civilizações, Aliança pela Paz», organizado pela World Islamic People Leadership (WIPL), considerada a maior organização muçulmana mundial.
Yusuf Fernandez, porta-voz da WIPL, disse à Agência Lusa que o seminário quer desenhar um conjunto de propostas que possam posteriormente ser levadas a Jorge Sampaio e à Aliança das Civilizações para consolidar a iniciativa.
Para o responsável da WIPL, a escolha de Jorge Sampaio é «muito positiva» , tanto pela personalidade do ex-Presidente, como pelo papel que Portugal tem tido no diálogo entre culturas e civilizações.
«É uma pessoa que se comprometeu desde há muito na defesa do diálogo de culturas e civilizações. E Portugal sempre gozou da amizade do mundo islâmico», afirmou.
Relativamente ao projecto da Aliança das Civilizações em si, Fernandez sustenta que o diálogo, elemento central da iniciativa, é a «única via para garantir que o mundo se desenvolva em paz».
No início do encontro, o secretário-geral da WIPL, Mohammed Ahmed Sheri, defendeu que a Aliança das Civilizações deve apostar em avançar com «medidas concretas», garantindo que «as boas intenções chegam ao seu objectivo».
«Temos que passar à prática e deixar de lado a teoria. Por isso é fundamental difundir esta ideia entre a sociedade civil para que a sociedade tome esta visão como sua», sublinhou.
Para Sherif, a iniciativa liderada agora por Jorge Sampaio é «uma aliança contra o fascismo e o desconhecimento entre as diferentes culturas do mundo».
«O contacto entre as pessoas e a educação são fundamentais para garantir a aplicação no terreno destas medidas. Mais tarde ou mais cedo, temos todos que viver juntos em todos os aspectos, culturais e religiosos, políticos e sociais», sublinhou.
Considerada a organização internacional muçulmana mais importante do mundo, a WIPL agrupa mais de 400 organizações islâmicas, partidos políticos e organizações não-governamentais, representando milhões de muçulmanos em todo o mundo.
Espanha foi escolhida para acolher o encontro, segundo os organizadores, por ter promovido a Aliança das Civilizações, uma iniciativa que conta com o apoio da Turquia e que foi apadrinhada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que nomeou Jorge Sampaio para a liderar.
Yusuf Fernandez sustentou que a WIPL aposta na «defesa da paz, no diálogo das civilizações e na luta contra qualquer radicalismo», promovendo a ideia de que «os muçulmanos devem estar na vanguarda da luta pelo diálogo e pela paz (...), valores contemplados pelo próprio Islão».
Admitiu que passar esta mensagem mais moderada nos países muçulmanos tem sido «difícil», em particular porque os orçamentos limitados e a escassez de meios impedem mais acções, daí que apostem agora «em cooperações com outras entidades».
No que toca ao mundo ocidental, Fernandez insistiu na necessidade de combater o «clima de islamofobia» que existe em alguns países e que considerou «o anti-semitismo do século 21».
«Há que recordar que as mensagens de xenofobia e ódio que os judeus sofreram nos anos 30 culminaram depois com o holocausto. Não queremos ver isso a repetir-se, tendo agora como alvo os muçulmanos», afirmou.
Apesar da exclusão e discriminação, Fernandez admitiu que uma outra corrente tem ajudado a promover «uma consciência de luta contra a islamofobia e pelos direitos dos muçulmanos».
No encontro de Córdoba estão os principais responsáveis do comité executivo da WIPL, entre eles Sheij Ibrahim Saleh Al-Husayni (Nigéria), como representante de África, Amad Sahwqui Al-Hefni (Egipto), em representação do mundo árabe, Haroun Salamat (Canadá), pela América do Norte e Din Syamsuddin (Indonésia), pela Ásia.
Dividido em quatro sessões, o encontro contará com a participação de vários responsáveis do governo espanhol, analisando questões como o diálogo inter-religioso, a convivência e medidas de cooperação para fortalecer o diálogo entre civilizações.
Além de responsáveis islâmicos, participam no encontro o teólogo católico Juan José Tamayo e o mestre budista Dokusho Villalba.
Recorde-se que a WIPL é actualmente presidida pelo Presidente líbio, Muammar Kadhafi, tendo a sede em Tripoli.
A organização tem ajudado a potenciar nos últimos anos a corrente sufi, considerada a mais moderada dentro do islamismo, acolhendo organizações de diversas tendências e promovendo a prática de um Islão «moderado, de diálogo e cooperação com as outras confissões e a contextualização da mensagem do Alcorão aos tempos actuais».
Entre as medidas que promove, a organização defende que mulheres e jovens devem assumir cargos de responsabilidade dentro do Islão, tendo repetidamente condenado a violência do fanatismo islâmico.
Diário Digital / Lusa
A Vida de Uthman - O generoso -
Usman R.A. nasceu sete anos depois do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), ele pertencia ao ramo Omíada da tribo coraixita, ele aprendeu a ler e a escrever muito cedo e jovem tornou-se um mercador de sucesso.
Ele e Abu Bakr R.A. eram amigos íntimos e foi Abu Bakr R.A. quem o trouxe para o Islam quando ele estava com 34 anos, alguns anos mais tarde, casou-se com a segunda filha do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), Ruqayya.
Apesar da sua riqueza e posição, os seus pais submeteram-no à tortura por causa de sua conversão ao Islam, o que o forçou a migrar para a Abissínia. Mais tarde ele voltou a Makkah, mas logo migra para Madina com outros muçulmanos.
Em Madina os seus negócios começaram a florescer de novo e ele retomou a sua antiga prosperidade, a generosidade de Usman R.A. não tinha limites, em várias ocasiões usou dos seus bens em prol do bem-estar dos muçulmanos e para equipar os exércitos muçulmanos, por isso passou a ser conhecido com "Ghani", isto é, "Generoso".
Um pouco antes da batalha de Badr, a sua esposa, Ruqayya, ficou doente e, por causa disso, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) isentou-o de participar na luta, a doença de Ruqayya foi fatal, deixando Usman R.A. profundamente mortificado, mais tarde casou-se com uma outra filha do Profeta, Kulssum, por causa do privilégio de ter-se casado com duas filhas do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), Usman R.A. passou a ser conhecido como "o possuidor de duas luzes".
Usman R.A. participou nas batalhas de Uhud e da Trincheira, após o confronto de Trincheira, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele) determinou a peregrinação a Makkah e mandou Usman R.A. como o seu emissário aos coraixitas, quando ele foi detido, o episódio terminou com o tratado com o povo de Makkah, conhecido como o tratado de Hudaibya.
A descrição que temos de Usman R.A. é a de um homem modesto, honesto, suave, generoso e muito gentil, que se destacava principalmente por sua modéstia.
Muitas vezes passava as noites em oração, jejuava todos os segundos ou terceiros dias da semana, fazia o Hajj (peregrinação) todos os anos e cuidava dos necessitados de toda a comunidade.
Apesar da sua fortuna, ele vivia muito simplesmente e dormia sobre a areia do pátio da mesquita do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam com ele), Usman (que Deus esteja satisfeito com ele) sabia o Alcorão Sagrado de cor e conhecia o contexto e as circunstâncias relacionados a cada versículo.