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O estudo, organizado pelo Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia (EUMC), pede às autoridades europeias que reforcem as políticas de integração.
Contudo, nota também que os muçulmanos necessitam de fazer mais para contrariar percepções negativas motivadas pelo terrorismo e ondas de agitação como em redor das caricaturas retratando o profeta Maomé.
O documento de 117 páginas pormenoriza as muitas divisões entre a maioria dos cidadãos da UE e os cerca de 13 milhões de muçulmanos que residem na União - cerca de 3,5% dos habitantes do bloco de 25 nações - e procura apresentar uma perspectiva básica das complexidades que bloqueiam os esforços para ultrapassar as diferenças.
«A posição desvantajosa das minorias muçulmanas, sinal de um aumento da islamofobia, e a preocupação com os processos de alienação e radicalização originaram um intenso debate na União Europeia», disse Beate Winkler, directora do Observatório, que tem sede em Viena.
O relatório reforça a urgência crescente de enfrentar as tensões e as suspeitas religiosas na Europa.
No início de Dezembro, na Turquia o Papa Bento XVI apelou para uma maior compreensão entre a Cristandade e o Islão e procurou conter a ira muçulmana com as suas afirmações de Setembro, que citavam um imperador medieval relacionando a violência com os ensinamentos de Maomé.
Na passada semana, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, definiu a tolerância como um dos «valores essenciais» da sua nação e denunciou os «propagadores do ódio, seja qual for a sua raça, religião ou credo».
O relatório cita centenas de casos reportados de violência ou ameaças contra muçulmanos na UE desde 2004, incluindo vandalismo contra mesquitas e centros islâmicos, abusos de mulheres que usam vestes islâmicas e ataques, como o que visou uma família somali na Dinamarca, agredida por um grupo armado com bastões de baseball decorados com cruzes suásticas e palavras de ordens racistas.
O relatório nota, contudo, que os «dados sobre os incidentes agravados religiosamente são recolhidos a uma escala limitada», adiantando que apenas a Grã-Bretanha publica uma lista de crimes de ódio que identifica especificamente os actos contra muçulmanos.
«Os muçulmanos sentem que a aceitação pela sociedade está cada vez mais ligada à assimilação e à presunção de que devem perder a sua identidade muçulmana», sublinhou Winkler.
Os incidentes islamofóbicos aumentaram 500% na Grã-Bretanha nas semanas que se seguiram aos atentados bombistas contra o sistema de transportes de Londres, em Julho de 2005, mas diminuíram claramente depois de as autoridades e os responsáveis religiosos terem trabalhado em conjunto para aliviar as tensões, disse Winkler.
«A palavra-chave é respeito», sublinhou, acrescentando que «as pessoas precisam de se sentir respeitadas e incluídas».
O relatório pede às nações da UE que desenvolvam âmbitos legais mais claros para as instituições culturais e religiosas muçulmanas, incluindo formas de disponibilizar mais fundos públicos para grupos comunitários islâmicos e ajudas à formação de imãs locais.
Sublinha que «medidas e práticas que combatam a discriminação e obstem à marginalização social devem tornar-se prioridades políticas» da UE.
O documento nota que os muçulmanos da Europa estão «frequentemente representados desproporcionalmente» nas estatísticas da habitação, do emprego e da educação, e algumas destas carências são directamente atribuídas à discriminação.
O relatório cita um estudo de 2004 da Universidade de Paris, que respondeu a 258 anúncios de emprego para uma posição de vendedor e concluiu que um candidato norte-africano tinha cinco vezes menos possibilidades de conseguir uma resposta positiva.
Pede às nações da UE que melhorem «as condições de acesso igualitário a o emprego» dos candidatos muçulmanos, revejam as políticas escolares e os livros de estudo por forma a apresentarem perspectivas mais equilibradas sobre a cultura ocidental, e exijam «a discussão do racismo, da xenofobia, do anti-semitismo e da islamofobia».
O relatório é acompanhado por um estudo baseado em entrevistas a 58 muçulmanos de 10 nações da UE, muitos dos quais se queixaram de que se sentem como cidadãos de segunda classe devido às percepções de que a comunidade muçulmana é intolerante para com os valores ocidentais e apoia grupos terroristas como a Al-Qaeda.
Diário Digital / Lusa