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Dez 06
Salams,
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UE: Muçulmanos europeus enfrentam islamofobia crescente

Os muçulmanos de toda a Europa enfrentam um aumento da islamofobia, que se traduz em ataques violentos, discriminação no emprego ou dificuldades no acesso ao mercado da habitação, refere hoje um relatório da União Europeia (UE).

O estudo, organizado pelo Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia (EUMC), pede às autoridades europeias que reforcem as políticas de integração.

Contudo, nota também que os muçulmanos necessitam de fazer mais para contrariar percepções negativas motivadas pelo terrorismo e ondas de agitação como em redor das caricaturas retratando o profeta Maomé.

O documento de 117 páginas pormenoriza as muitas divisões entre a maioria dos cidadãos da UE e os cerca de 13 milhões de muçulmanos que residem na União - cerca de 3,5% dos habitantes do bloco de 25 nações - e procura apresentar uma perspectiva básica das complexidades que bloqueiam os esforços para ultrapassar as diferenças.

«A posição desvantajosa das minorias muçulmanas, sinal de um aumento da islamofobia, e a preocupação com os processos de alienação e radicalização originaram um intenso debate na União Europeia», disse Beate Winkler, directora do Observatório, que tem sede em Viena.

O relatório reforça a urgência crescente de enfrentar as tensões e as suspeitas religiosas na Europa.

No início de Dezembro, na Turquia o Papa Bento XVI apelou para uma maior compreensão entre a Cristandade e o Islão e procurou conter a ira muçulmana com as suas afirmações de Setembro, que citavam um imperador medieval relacionando a violência com os ensinamentos de Maomé.

Na passada semana, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, definiu a tolerância como um dos «valores essenciais» da sua nação e denunciou os «propagadores do ódio, seja qual for a sua raça, religião ou credo».

O relatório cita centenas de casos reportados de violência ou ameaças contra muçulmanos na UE desde 2004, incluindo vandalismo contra mesquitas e centros islâmicos, abusos de mulheres que usam vestes islâmicas e ataques, como o que visou uma família somali na Dinamarca, agredida por um grupo armado com bastões de baseball decorados com cruzes suásticas e palavras de ordens racistas.

O relatório nota, contudo, que os «dados sobre os incidentes agravados religiosamente são recolhidos a uma escala limitada», adiantando que apenas a Grã-Bretanha publica uma lista de crimes de ódio que identifica especificamente os actos contra muçulmanos.

«Os muçulmanos sentem que a aceitação pela sociedade está cada vez mais ligada à assimilação e à presunção de que devem perder a sua identidade muçulmana», sublinhou Winkler.

Os incidentes islamofóbicos aumentaram 500% na Grã-Bretanha nas semanas que se seguiram aos atentados bombistas contra o sistema de transportes de Londres, em Julho de 2005, mas diminuíram claramente depois de as autoridades e os responsáveis religiosos terem trabalhado em conjunto para aliviar as tensões, disse Winkler.

«A palavra-chave é respeito», sublinhou, acrescentando que «as pessoas precisam de se sentir respeitadas e incluídas».

O relatório pede às nações da UE que desenvolvam âmbitos legais mais claros para as instituições culturais e religiosas muçulmanas, incluindo formas de disponibilizar mais fundos públicos para grupos comunitários islâmicos e ajudas à formação de imãs locais.

Sublinha que «medidas e práticas que combatam a discriminação e obstem à marginalização social devem tornar-se prioridades políticas» da UE.

O documento nota que os muçulmanos da Europa estão «frequentemente representados desproporcionalmente» nas estatísticas da habitação, do emprego e da educação, e algumas destas carências são directamente atribuídas à discriminação.

O relatório cita um estudo de 2004 da Universidade de Paris, que respondeu a 258 anúncios de emprego para uma posição de vendedor e concluiu que um candidato norte-africano tinha cinco vezes menos possibilidades de conseguir uma resposta positiva.

Pede às nações da UE que melhorem «as condições de acesso igualitário a o emprego» dos candidatos muçulmanos, revejam as políticas escolares e os livros de estudo por forma a apresentarem perspectivas mais equilibradas sobre a cultura ocidental, e exijam «a discussão do racismo, da xenofobia, do anti-semitismo e da islamofobia».

O relatório é acompanhado por um estudo baseado em entrevistas a 58 muçulmanos de 10 nações da UE, muitos dos quais se queixaram de que se sentem como cidadãos de segunda classe devido às percepções de que a comunidade muçulmana é intolerante para com os valores ocidentais e apoia grupos terroristas como a Al-Qaeda.

Diário Digital / Lusa

18-12-2006 13:59:00


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