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Mai 08

Salams.

 

Hoje de manhã, tive uma aula normal de uma disciplina, em que faláva-mos de um livro e onde num dado momento aparece uma referência a São João Baptista (não quero entrar em erro, não sei se é esse o nome em questão) indirectamente, isto pois haviam alguns aspectos da cultura cristã que foram referenciados no livro, mas o nome da Pessoa foi posteriormente posto em questão por parte da professora. Partiu do princípio que todos eramos cristãos e resolvem coloca-la.

 

Ninguém respondeu, 30 alunos eram cristãos, 1 era ateu e eu que era o muçulmano. Logo, começou com um discurso em que concluía que éramos uns incultos, mal educados, etc. já que afirmava que a cultura cristã deveria ser transmitida de geração em geração.

 

Eu não tenho nada contra, mas reparei que a própria professora acabou por tentar dizer que quem não sabe nada sobre Cristianismo não está integrado na cultura portuguesa, olhando para mim intensamente . O f é, eu sei o que é o cristianismo, o catolicismo, eu sei o que são as bases daquela religião, sei o essencial, e sei tudo o que não me faz mudar de religião, e que não me faz mudar para essa religião. Mas para estar integrad tenho que saber  que foi São João Baptista?

 

Mas é claro que não. Eu sinto-me muito bem integrado na sociedade portuguesa, sinto-me como se Portugal fosse o meu país, e é! Mas terei que saber esse tipo de pormenores que nem os próprios cristãos, católicos o sabem? Será que eu é que sou um dos culpados por eles não saberem? Fui eu que os desvirtuei e lhes disse que se deve ser cristão unicamente pelo nome?

 

Não me parece...

 

Salams


Salams

Também me acontecia a mim em Portugal, desde que movi para África do Sul, é mais diferente. Em Portugal era chamado monhé, aqui sou Indiano.

Palavras mais leves, nao sao ditas em tom racista, mas a base é racista, até o governo Sul-Africano é, porque divide a populacao nao em etnias, mas em racas e cores.
Meraj Chhaya a 22 de Maio de 2008 às 17:52

Não é exactamente e a isso que me refiro. Eu lido até bem com o "Monhé" ou algo do género, puxando para o humor, mas acabando sempre por dizer, nas alturas mais oportunas que não gosto muito disso.

Tem mais haver com o facto de ser um professor a puxar para o "Diálogo Humilhante".

Salams
mh a 23 de Maio de 2008 às 20:22

Salaam!

Se isso se passou exactamente como descreve, esteve perante uma fundamentalista cristã (o que é grave, em tratando-se de uma professora de uma escola de Ensino Público?).

O Estado é laico. Há evidentemente colégios cristãos, seminários escolásticos e universidades católicas. Todo o restante ensino deve ser laico e respeitar igualmente todas as confissões religiosas (incluindo o ateísmo que hoje em dia também é quase uma religião).

Não dê muita importância ao "monhé" ou ao "quéfrô», porque todos temos os nossos defeitos susceptíveis de dar anedota, e sabe como as minorias são um dos materiais utilizáveis no humor... mas é assim desde sempre... em todas as épocas... e em todas as civilizações... até os padres e freiras dão anedota! :-))

Temos é que saber rir mais de nós próprios do que dos outros.
duarte a 10 de Junho de 2008 às 10:53

"Temos é que saber rir mais de nós próprios do que dos outros."

Eu fiquei muito na dúvida: Será que era falta de conhecimento que ela tinha sobre o islão, ou era algo mais?

Mas é claro que levo sempre tudo na "brincandeira" por fora. ;)

Salams
mymuslim a 10 de Junho de 2008 às 16:02

Salaam!

Convido-vos a participar com o vosso saber e experiência sobre esta questão:

http://flutuante.wordpress.com/2008/06/14/quando-o-ocidente-leva-o-coracao-aberto/

Saudações cordiais,
duarte a 15 de Junho de 2008 às 08:17

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