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Nov 07
Assalamu Aleikum a todos, ha muito tempo que nao posto neste blog por motivos educativos e pela falta de infrastutura tecnologica ca em Africa de Sul.

Deixo-vos com um texto em ingles muito interessante sobre os dois extremos de roupas. Claro que todos tem as suas opinioes mas eu certamente concordo que o bikini e muito exagerado pois tira o respeito completo de um pessoa. Nao traduzi o texto pela falta de tempo, mas espero que entendam. Qualquer duvida, questao ou debate podera ser feito aqui, no shoutbox ou ate no forum.


Aqui esta o texto:

Burka Vs Bikini - The Debauchery
Of American Womanhood
By Henry Makow, Ph.D.
9-18-2

On my wall, I have a picture of a Muslim woman shrouded in a burka.

Beside it is a picture of an American beauty contestant, wearing nothing but a bikini.

One woman is totally hidden from the public; the other is totally exposed. These two extremes say a great deal about the clash of so-called "civilizations."

The role of woman is at the heart of any culture. Apart from stealing Arab oil, the impending war in the Middle East is about stripping Arabs of their religion and culture, exchanging the burka for a bikini.

I am not an expert on the condition of Muslim women and I love feminine beauty too much to advocate the burka here. But I am defending some of the values that the burka represents for me.

For me, the burka represents a woman's consecration to her husband and family. Only they see her.

It affirms the privacy, exclusivity and importance of the domestic sphere.

The Muslim woman's focus is her home, the "nest" where her children are born and reared. She is the "home" maker, the taproot that sustains the spiritual life of the family, nurturing and training her children, providing refuge and support to her husband.

In contrast, the bikinied American beauty queen struts practically naked in front of millions on TV. A feminist, she belongs to herself. In practice, paradoxically, she is public property. She belongs to no one and everyone. She shops her body to the highest bidder. She is auctioning herself all of the time.

In America, the cultural measure of a woman's value is her sex appeal. (As this asset depreciates quickly, she is neurotically obsessed with appearance and plagued by weight problems.)

As an adolescent, her role model is Britney Spears, a singer whose act approximates a strip tease. From Britney, she learns that she will be loved only if she gives sex. Thus, she learns to "hook up" rather than to demand patient courtship and true love. As a result, dozens of males know her before her husband does. She loses her innocence, which is a part of her charm. She becomes hardened and calculating. Unable to love, she is unfit to receive her husband's seed.

The feminine personality is founded on the emotional relationship between mother and baby. It is based on nurturing and self-sacrifice. Masculine nature is founded on the relationship between hunter and prey. It is based on aggression and reason.

Feminism teaches woman that feminine nature has resulted in "oppression" and that she should convert to male behavior instead. The result: a confused and aggressive woman with a large chip on her shoulder, unfit to become a wife or mother.

This, of course, is the goal of the social engineers at the NWO: undermine sexual identity and destroy the family, create social and personal dysfunction, and reduce population. (See http://www.inoohr.org/worldpopulationcontrolpromote.htm) In the "brave new world," women are not supposed to be nest makers, or progenitors of the race. They are meant to be neutered autonomous creatures that indulge in sex for physical pleasure, not for love or procreation.

At his press conference on Sunday, Donald Rumsfeld said that Iranian women and youth were restive under the rule of the Mullahs. He implied that the US would soon liberate them. To Britney Spears? To low-rise "see-my-thong" pants? To the mutual masturbation that passes for sexuality in America?

Parenthood is the pinnacle of human development. It is the stage when we finally graduate from self-indulgence and become God's surrogates: creating and nurturing new life. The New World Order does not want us to reach this level of maturity. Pornography is the replacement for marriage. We are to remain stunted: single, sex-starved and self-obsessed.

We are not meant to have a permanent "private" life. We are to remain lonely and isolated, dependent on consumer products for our identity, in a state of perpetual courtship.

This is especially destructive for woman. Her sexual attraction is a function of her fertility. As fertility declines, so does her sex appeal. If a woman devotes her prime years to becoming "independent," she is not likely to find a permanent mate.

Her long-term personal fulfillment and happiness lies in making marriage and family her first priority.

Feminism is another cruel New World Order hoax that has debauched American women and despoiled Western civilization. It has ruined millions of lives and represents a lethal threat to Islam.

I am not advocating the burka but rather some of the values that it represents, specifically a woman's consecration to her future husband and family, and the modesty and dignity this entails.

The burka and the bikini represent two extremes. The answer lies somewhere in the middle.

Henry Makow, Ph.D. is the inventor of the board game Scruples and the author of "A Long Way to go for a Date." His articles on feminism and the New World Order are found at www.savethemales.ca He welcomes your comments at henrym@mts.net

"The burka and the bikini represent two extremes. The answer lies somewhere in the middle."


Excelente artigo. Se tiver a disponibilidade seria interessante ver a sua tradução.

Assalamo Aleikum
Sabhir a 25 de Novembro de 2007 às 12:17

Salams,
Como vejo que esta interessado na traducao, farei-la prontamente
Meraj Chhaya a 25 de Novembro de 2007 às 18:46

Salams,

Ó Meraj, estás a desabituar-te ao português. É fá-lo-eia.

Salams
mh a 26 de Novembro de 2007 às 19:16

Uma correcção que espero que seja útil:

«Quanto à tradução, fá-la-ei».
Duarte a 29 de Novembro de 2007 às 10:09

A burka e o bikini representam os dois extremismos que a mulher, seja árabe, seja ocidental, precisa evitar para se consagrar às práticas de louvor a Alá.

Passo a explicar:
- A burka foi, em tempos remotos, um mero instrumento prático - tanto para homens como para mulheres - de disponibilizar uma sombra refrescante no meio do calor árduo do deserto. Mesmo Maomé sabe que as núpcias sagradas se fazem conjugando água e fogo, sombra e luz, por isso, prescreveu que a oração islâmica consistisse num ritual que envolve a ablução (água) e momentos singulares do movimento aparente do sol, seja o nascer, o meridiano, o pôr do sol, etc. (fogo).

Os Antigos não eram moralistas como os modernos, que estão cheios de preconceitos e por isso entram em guerra por ninharias. A Antiguidade tinha homens e mulheres que articulavam saberes práticos que lhes davam acesso a um deus imanente.

Assim, o sentido da burka não é tapar as partes vergonhosas ou proteger-se da cobiça do sexo oposto (a mulher islâmica expõe-se tão publicamente ao seu marido no quarto de casal quanto uma americana!).

O sentido da burka é providenciar sombra ou humidade (a metade da água) no calor do deserto (a metade do fogo), sem a qual nenhuma oração a Alá é possível.

Os filósofos islâmicos da época áurea sabiam-no perfeitamente, pois estavam imbuídos da cultura greco-romana. Para os Romanos, a benção sagrada das núpcias era: «aqua et agni», isto é, «água e fogo».

Quanto ao bikini, apesar de parecer leve, não passa de uma ilusão: carrega consigo o peso da gravidade, de quem desconhece em absoluto o que é libertar-se de uma imagem e das fixações egocêntricas da moda para encetar o processo nómada de viajar até ao coração das coisas, dos seres e de tudo.

O bikini, nesse aspecto, é, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, bem mais conservador do que a burka, e também bem menos erótico do que ela, porque Eros, tanto para os Gregos, como para os Sufis, era um deus.

Mas este mundo está todo ao contrário... e só a mim posso mudar...

Alahuma!
Duarte a 29 de Novembro de 2007 às 10:07

Notai: quando disse, no primeiro parágrafo, que o uso da burka é de evitar, referia-me ao seu uso como mero traje de identidade cultural ou de recorte normalizado das partes do corpo, em cujo papel não se diferencia de um bikini da moda.

Usa-se, infelizmente, muitas vezes a burka como instrumento de censura ortodoxa, sem fazer a mínima ideia de que uma túnica, um lençol ou qualquer outra cobertura (uma árvore, um guarda-sol, etc.), desempenhariam o mesmo papel na prática da elevar-se ao autêntico sol.

Por ser uma questão prática inultrapassável, vários fundadores das religiões foram iluminados á sombra de uma árvore.
duarte a 29 de Novembro de 2007 às 10:23

«Quanto à tradução, fá-la-ei».

Pois, assim é que devia ser....

Sou português, nasci em Portugal...mas o português continua a falhar. Já o meu colega também nasceu em Portugal mas mudou-se para a África do Sul e começa a perder a língua das suas origens...

mh a 29 de Novembro de 2007 às 10:42

Salams,

O uso da burka nunca foi obrigatório no Islam. A única obrigatoriedade que há é a de que tanto o homem devem cobrir os seus cabelos nas orações e momentos de intercessão com Allah, e sendo que a mulher deve cobri-los durante todo o dia. Muitos afirmam que o objectivo disso é manter a dignidade da mulher.

Todavia, actualmente o uso da burka deriva, e como disse e bem o visitante Duarte, da cultura e do fundamentalismo que actualmente se instala em muitos países muçulmanos. Se houver alguma mulher que não use burka nesses países estará praticamente socialmente excluída.

Todavia, outras mulheres usam a burka como acto de luto ou outra coisa deste género.

Na França e mesmo em Portugal encontramos mulheres a usarem a burka e pela simples razão de protecção da sua beleza, mantendo-a preservada única e simplesmente para o marido. Eu mesmo perguntei a mulheres de família próxima o porquê do uso da burka. E o que elas me responderam foi isso, para além de ser por vontade própria.

Minha mãe não usa a burka, simplesmente cobre os seus cabelos como a tradição o diz, e é isso que aconselho às pessoas. Pois é preciso que se integrem numa sociedade em que ninguém usa a burka, como Portugal e França. O alcorão não contém nenhuma passagem a obrigar o uso da burka. Aliás já antes do aparecimento do islão se usava burka, é simples tradição e cultura....

Quanto ao uso do bikini não teço grandes comentários, pois é algo que não se enquadra na cultura muçulmana.

"Mas este mundo está todo ao contrário... e só a mim posso mudar... "



Allah sabe melhor

Salams,
islamnet.eu
mh a 29 de Novembro de 2007 às 11:06

Expressões de sabedoria popular portuguesa: «O sol faz mal à cabeça» e «ficar com a cabeça quente e perder a calma».

Burka ou turbante, boné ou guarda-sol: proteja-se a cabeça do sol para não perdermos todos a calma.

:-)

P.S.: Outro assunto: a palavra portuguesa «Olá» terá por étimo algum termo árabe?
Duarte a 29 de Novembro de 2007 às 20:31

Olá

Pelo que sei Olá vem do espanhol "ola" que antigamente se dizia "onda" neste país.

Todavia, muitos portugueses falam em salamaleques, e isso sim provem do árabe "Assalamo Aleikum" que é um acto de cumprimento no islão do género "olá".

Ma'Salam
Amir a 29 de Novembro de 2007 às 23:34

Assalamu Aleikum e Olá a todos...
Já nem me falei do Português porque metade das palavras não me saem bem da boca e dos dedos.
Agradeco ao amigo Duarte por ter tido a disponibilidade de partilhar o seu ponto de vista. Claro que tendo crescido numa família Islâmica , os meus pontos de vistas vão sempre mais ao lado do burka , mas claro que tenho mentalidade própria e posso pensar por mim mesmo.
Digo outra vez que me parece que o mundo revolve a volta do sexo, e já não da para vira-lo. O sexo não e uma coisa ma de modo nenhum, mas devia ser uma coisa de amor e não de interessante. Falo disto porque quero chegar ao bikini . Não digo que o bikini seja um convite ao sexo, mas sendo um homem, penso que o amigo Duarte deve concordar que o bikini tem características eróticas . Nem todas as mulheres o vestem pela essa razao , mas o que eu acho, e que um pouco mais de cobrimento trazia mais dignidade e respeito, pois os homens não teriam pensamentos tão eróticos . Claro que mentalidades são diferentes, mas em geral seria assim, penso eu.
Quanto ao burka , não penso que seja necessário tal cobrimento extremo, e tal como a mãe do meu colega, a minha mãe também não o veste. No Islão e necessário devido ao respeito com homens que não sejam parte da familia .
O que eu penso que e necessário neste mundo, e cobrimento razoavel.
Digo outra vez que temos todos mentalidades diferentes, e muitas coisas que eu disse, muitas pessoas deveram não aceitar.
Que Allah nos guie no caminho certo e que me ajude na minha ortografia e gramática .
Meraj Chhaya a 2 de Dezembro de 2007 às 23:43

Caro Meraj Chhaya,

Já há algum tempo que não passava por aqui, vamos a ver se ainda é tempo de falar sobre o assunto.

Respeito a opinião alheia, mas gostaria que me compreendessem.

Hoje em dia, pensa-se demasiado em sexo: é um facto. Até a moral e os bons costumes anda demasiado obcecada com as convenções relativas ao sexo, quando tudo isso é secundário no que à dignidade humana diz respeito.

Não lhe parecem dignos e gloriosos aqueles índios nativos que, andando quase completamente nus todo o dia, não caem nos excessos e perversões sexuais de que padecem os "vestidos de trapos"? Este exemplo demonstra que o nosso comportamento e os nossos valores não dependem de um trapo (seja a burka ou o bikini)! Uma pessoa pode andar completamente nua e não estar interessada no sexo vulgar (os Gregos distinguiam o amor divino, a Afrodite Urânia, do amor vulgar, a Afrodite Pandemia). Alguns dos eremitas indianos andam quase nus, na sua busca da verdade. Não é verdadeiramente importante o modo como a pessoa se veste - tudo isso é superficial - e é triste de ver más acções justificadas por tais ninharias.

O res-peito é responder ao peito (à voz do coração) e não obedecer às normas arbitrárias que vergam as massas.

Não concordo que o bikini tenha características eróticas, mas concordo que a mentalidade dos homens e das mulheres vulgares anda carregada de pensamentos sexuais e bestiais (de besta). Se esses pensamentos fossem só eróticos, já não seria tão mau. Para os Gregos, Eros era o «Agathodaimon», o Bom Espírito.

O desejo não é, em si mesmo, condenável. É o impulso que nos leva a estimar alguém, o que inclui desejar a presença de um amigo ou de um irmão.

A burka, como “trapo” que é, só supera o bikini pelas suas características funcionais: andar de bikini no deserto é uma estupidez, porque rapidamente desidrataríamos!

Além disso, tem também a sua funcionalidade mística, que remonta à Grécia Antiga, a qual estava em íntimo contacto com a Ásia Menor (Persas, Sírios, etc.). A funcionalidade mística de qualquer trapo que usemos para tapar a cabeça – relembro que “o sol faz mal à cabeça” – é aquilo a que se refere Sócrates, num diálogo sobre o “Amor” (Fedro, 237a): «Vou cobrir a cabeça para falar, pois quero fazer um discurso mais conciso possível, e também evitar que, ao sentir-me observado por ti, perca a coragem de o fazer". Desde sempre que os profetas e místicos acederam à verdade fechando os olhos às tentações mundanas.

Por isso, os Gregos representavam a Lei e a Justiça Divinas por alguém com os olhos vendados.

Vivemos numa sociedade que entrou numa desordem e auto-destruição “audiovisuais”. Não tem a ver com o bikini – que é um trapo morto – mas com os nossos olhos carregados de ódio, volúpia e maus julgamentos.

Tomara eu exprimir-me em árabe como o amigo se exprime em português!

Saudações,

Duarte
Duarte a 17 de Abril de 2008 às 10:27

Boa noite Duarte.

Gosto em vê-lo novamente pelo blog.

"Tomara eu exprimir-me em árabe como o amigo se exprime em português!"

Temos muita pena, mas o Meraj não fala árabe também, apesar de ser craque no inglês. E isto acontece por uma razão muito simples. Nós, muçulmanos, nascidos em Portugal acabamos apenas por aprender a ler o alcorão e a decorá-lo, sem qualquer entendimento no momento em que se reza. É por isso que normalmente utilizo um alcorão traduzido em português para acompanhar as minhas leituras.

Voltando ao assunto em tema, deixo também um link de um post mais recente sobre o aparecimento do Burquini em Portugal:

http://islamnet.blogs.sapo.pt/147640.html

Relevo esse link pela porque vai ser um vestuário a permitir que as mulheres possam também elas ir a uma praia ou piscina normalmente e sem terem que enfrentar as tais "convenções relativas ao sexo". Explicando-me melhor, como o Duarte disse, o que "existe" actualmente é uma certa falta de dignidade do próprio homem, por tais pensamentos eróticos e sexuais apenas por ver uma mulher de bikini, ou algo do género. Concordo consigo, não é o facto de ser uma mulher com um bikini, é o facto de estar alguém a obervá-la e a ter tais pensamentos.

Foi com esse intuito e com esse objectivo de impedir a imoralidade que as mulheres começaram a usar um lenço a cobrir os cabelos, ou roupas pouco "ousadas". E foi com esse objectivo que na Sharia, no Islão, pede-se tal e qual, a mesma coisa. O cobrir os cabelos e afins, não vem do islão, vem de muitos outros profetas como Jejus.

A situação da burka, é diferente, pois não existe qualquer obrigação estrita no Alcorão ou na Sharia, a mulher usa se assim o pretender, por uma promessa, ou algo do género. De todo o modo, a burka, e como já disse à uns 4 meses atrás, aqui mesmo no blog, acabou por entrar na cultura, e alguém, numa sociedade, p.e., afegã, sente-se excluída se não usá-la.

Já na Europa, o mesmo não acontece, a mulher é automaticamente excluída pelo uso da burka ou do véu. E isso não devia acontecer, pois parte de uma vontade própria da mulher.

Assim, o Islão tem que evoluir com a sociedade e o espaço diferente. Lembro que Imam Shafi criou um conjunto de leis quando estava num local, e quando estava no Egipto adaptou-as e criou novas regras morais. Ou seja, o islão deve acompanhar o espaço que o rodeia. E isso é uma questão muito discutível: Qual a forma ideal de o fazer?

"Fedro, 237a"

Eu já peguei nele, é pesado, comecei a ler, é bastante interessante, mas é daqueles para se ler e divagar, pensar, com calma e num espaço sereno.
mh a 17 de Abril de 2008 às 21:12

Boa noite Duarte e Assalamu Aleikum irmão MH

Penso que esta tudo respondido por vos dois, resumindo e concluindo, concordo que não e o bikini que tem características eróticas , devia-me ter esclarecido mais nesse assunto. E de facto a pessoa e a intenção dessa pessoa que olha para a mulher que veste esse artigo de roupa. Acredito que no meu ponto de vista, não há muito a fazer e que a maioria dos homens vem o bikini como artefacto erótico , e a natureza masculina, e a falta de respeito também , mas claro não de todos, mas e difícil ignorar que a grande maioria tem essa perspectiva. Respeito a sua opinião e de qualquer um, mas na minha opinião , haveria mais respeito sobre as mulheres se não se "exibirem" de tal forma.

Mais uma vez, peco desculpa pelo meu "Português", que já o estou a transformar numa outra língua qualquer.

Durante o dia, também me lembrei que, nas representações cristãs, cobrem os cabelos da Virgem Maria com um véu, para não falar do sudário de Cristo, um pano com que era tradição cobrir a cabeça aos mortos...

Quanto à discriminação das jovens que usam burka na Europa não é de todo um caso isolado, mas infelizmente um fenómeno generalizado de uma sociedade cada vez mais globalizante que deixou de respeitar a diferença.

Os miúdos nas escolas discriminam os colegas por tudo e por nada: porque não usam roupa de marca, porque têm pronúncia brasileira ou moldava, porque são gordos, porque são magros, porque têm olhos em bico, porque são negros, porque são inteligentes, porque são estúpidos, porque não andam na moda (diga-se que actualmente os lenços árabes até estão na moda), porque...

O que é que resta? A insípida média? E será que está lá alguém?

Por isso, é cada vez mais importante não alimentar discursos que apenas geram oposições: Ocidente contra Oriente, mal contra o bem. Mais vale adoptar uma das características da língua árabe (e do já extinto latim) e pensar em termos duais. Alif, a letra tão presente em Alá e representativa da sua unidade, segundo Sheik Munir, marca também a dualidade.

Não ser ocidental nem oriental, ou como dizia o filósofo: «não sou ateniense nem grego, mas um cidadão do mundo».

Mudando de assunto, pode parecer estranha esta minha afirmação, caro MH, mas só pode ser uma coisa boa essa de apenas dizer de cor o Alcorão, sem qualquer entendimento dos significados no momento em que se reza. Porque se o Alcorão representa a recitação divina, naturalmente que esta tem de ser livre dos significados que lhes dão os homens... É pura expressão, pura sonoridade... Esclarecer melhor obrigar-me-ia a uma longa dissertação, mas é tempo de ir repousar.

Boa noitte!
duarte a 17 de Abril de 2008 às 22:32

Olá.

Concordo totalmente com a dissertação do Duarte.

Acho que a leitura do Alcorão também pode ser vista dessa forma, contemplando a sonoridade da recitação. Existem mesmo muitos famosos recitadores com vozes esplêndidas e que realizam qirats (acho que é assim que se chama) intensos. Acho que aqui no islamnet, à uns meses foram publicadas algumas recitações de um Sheik que cá veio a Portugal, se bem me lembro o seu nome era Cassimo, é bastante intensa e forte a forma como "domina" as palavras do Alcorão. Acho que pesquisando por Cassimo vão encontrar alguma coisa.

Mas acho que é sempre mais agradável termos a percepção daquilo que é dito em árabe. Por exemplo, em discursos em àrabe eu ficaria desnorteado...acabaria talvez mesmo por dormir. Tenho mesmo que frequentar um curso árabe...não há dúvida.

-----

Eu já me senti descriminada muitas vezes, apenas por usar um lenço, mas são coisas que até ignoramos e passam ao lado. O povo português, em geral, acaba por perceber a necessidade de. :D

cumprimentos

Sara a 18 de Abril de 2008 às 12:07

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